Depois da denúncia da grave situação em que estaria o lar da Ordem do Carmo, os esforços para a recuperar ainda continuam.

Tal como se antecipou, esta quinta-feira realizou-se uma Assembleia Geral Extraordinária, onde terá sido discutido o arrendamento das instalações do hospital, já inativo, a um grupo de médicos. Quem o diz é Isaura Cunha, irmã da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo e ex-funcionária da casa.

A Ordem deve cerca de 12 mil euros de salários em atraso a Isaura mas com este arrendamento ficariam “garantidos os contratos com os vitalícios”, diz a irmã. Também Emília Fernandes, que rescindiu contrato com a Ordem “há um mês e meio”, confirma ser intenção da provedoria “abrir as instalações que estão fechadas” a um grupo de médicos que trabalha ainda na Ordem e que estará interessado em explorar “o hospital para séniores e o internamento”.

Um outro irmão da Ordem, que prefere o anonimato, acrescenta ainda que o provedor “pediu autorização à mesa para alugar a parte do hospital”, justificando a decisão como “a única forma de obter dinheiro” para ultrapassar a atual situação financeira.

À Lusa, o provedor da Ordem do Carmo, Veiga de Faria, prometeu esclarecimentos para breve.

Na ordem de trabalhos desta assembleia geral extraordinária constavam como pontos da ordem de trabalhos “informação sobre a actividade desenvolvida” ao longo do ano passado, “situação atual da instituição e perspectivas de desenvolvimento da actividade nos vários sectores ou valências de intervenção” e “medidas de recuperação”.