Erica Fontes conquistou esta semana o prémio de melhor artista internacional do ano, nos prémios XBIZ, que premeiam o cinema pornográfico. O evento já se realiza desde 2003 e Érica foi a primeira portuguesa a conquistar um galardão.

Em declarações à organização, a atriz revelou estar “muito feliz” por conquistar este prémio internacional, já que competia com “as melhores atrizes do mundo” no género.

“Sou a única atriz profissional do meu país, onde a pornografia ainda é ‘um bebé'”, diz Erica. “Ganhar este prémio é um grande orgulho e dá-me muita força para continuar a trabalhar com ainda mais vontade”.

A jovem de 21 anos, que fez o seu primeiro filme aos 18, garante que “a pornografia sempre esteve presente” na sua vida. Em 2011, em conversa com o JPN, Erica contou que a curiosidade começou aos 14 anos e que, depois de começar a fazer filmes, o fascínio só foi aumentando cada vez mais. “Quando o faço, divirto-me e é diferente. Só quando uma pessoa começa a fazer os filmes é que começa a perceber o que se passa dentro da indústria”, contou. “Fascina-me pela maneira como somos tratados. Somos tratados com respeito”.

“Estou a dar a conhecer o meu país”

O início

O início da carreira de Erica foi rápido e decidido: inscreveu-se, ligaram-lhe uma hora depois. No dia seguinte estava a fazer o casting e na semana seguinte a gravar o primeiro filme. Contar aos país “não foi uma guerra”, mas sim “uma conversa entre adultos”. E na cabeça de Érica, a questão ficou bem resolvida: “Quando entrei para a indústria já sabia que o meu trabalho ia ser sexo”, afirma.

Na altura, Erica só contava com três filmes no currículo – hoje tem mais de 100 -, e ainda a intimidava se o colega de trabalho não fosse o namorado Ângelo Ferro, mas já tinha grandes ambições para a sua carreira. “O meu objectivo era sair de Portugal e começar a ir para outros países. Ser internacional e conhecida lá fora, até porque estou a dar a conhecer o meu país e ainda não existe nenhuma actriz internacional portuguesa”, disse.

Os passos para lá chegar também estavam muito bem delineados: “Ser profissional, ser uma boa actriz e ser muito simpática e simples”, garantiu. “Porque uma pessoa para chegar longe tem de ser assim. Não é chegar ao local de uma cena e exigir isto ou aquilo”. A fórmula parece ter dado resultado.

Apesar da carreira internacional, que começa a consolidar, Erica continua a ser presença assídua nos salões eróticos portugueses. Em fevereiro de 2012, marcou presença na quinta edição do Eros Porto e não nega que o contacto com o público foi uma das coisas que mais lhe agradou. “As pessoas vêm ter connosco, querem os nossos autógrafos, dão-nos os parabéns. Para mim é uma regalia, principalmente no nosso país, que ainda tem uma mente fechada e preconceituosa”, confessa.

Na altura, quando questionada sobre a próxima etapa, e de saída para se estrear na Hungria, a jovem atriz não tinha dúvidas: “Completei agora uma, que era ser conhecida lá fora. Espero agora chegar ao auge lá, como cheguei aqui”. E chegou.