Hélder Reis é apresentador da RTP há doze anos. De convidado da Praça da Alegria, passou a assistente de programa e a partir daí foi construindo a sua carreira enquanto profissional. Hoje em dia é repórter do programa das manhãs e responsável por levar, aos espectadores, as tradições e os costumes espalhados por Portugal.
Preocupado com o futuro da RTP, Hélder Reis defende que “a RTP não é Porto e Lisboa. É Bragança, Faro e ilhas”. Para o repórter, a universalidade e pluralidade do entretimento são propósitos do serviço público de televisão. “O meu papel no programa cumpre esses propósitos. Todos os dias estou numa terra diferente, a falar de uma realidade diferente, com uma pessoa diferente, que pode ir do mais etnográfico e tradicional, ao mais contemporâneo e empreendedor”, conta.
“Acredito muito num ‘infotainment'”
Para Hélder Reis, o entretenimento tem uma função vincada na sociedade. “É cada vez mais uma necessidade. As pessoas precisam do entretenimento para se deslocarem da sua vida quotidiana”, diz.
O apresentador entende que entretenimento bom e é cada vez mais informativo, mas destaca a diferença que há entre entretenimento e informação. “Há uma diferença abismal. A informação rege-se por princípios diferentes dos nossos e têm outras regras. São mundos diferentes”, refere.
Hélder Reis defende o infotainment porque, apesar de distintos, a informação e o entretimento são conciliáveis. “Eu acredito muito num ‘infotainment’. A RTP já o faz há muitos anos. A informação teve durante muito tempo, antes da Praça da Alegria, jornalistas como apresentadores de entretenimento”, afirma.