Já sabíamos que mascar “chiclete” previne as cáries, o que não sabíamos é que também estimula o cérebro – em oito áreas diferentes.

Um estudo, desenvolvido por um grupo do Instituto Nacional de Ciências Radiológicas (NIRS), no Japão, garante que mascar pastilhas elásticas pode mesmo ser bom para o cérebro, já que desenvolve e mantém o desempenho cognitivo.

Curiosidade

A “pastilha elástica” já era conhecida na Grécia: era comum mastigar a resina de uma árvore chamada “mastiche” para lavar os dentes e melhorar o hálito. Na civilização Maia, a resina “chicle” era usada para o mesmo efeito. O método foi aperfeiçoado e sempre fez sucesso, mas o auge da pastilha foi durante as duas grandes guerras mundiais: era tida como uma terapia relaxante para o stress diário em que todos viviam.

Segundo a investigação, o ato de mastigar estimula oito áreas cerebrais diferentes, podendo melhorar o fluxo sanguíneo e o estado de alerta e até aumentar a rapidez de pensamento em 10%.

A amostra foi composta por 17 adultos saudáveis, de ambos os sexos, dos 20 aos 34 anos, que os cientistas dividiram em dois grupos: num deles todos mascavam pastilhas eslásticas, no outro não. Através da realização de exames de ressonância magnética, observaram que o primeiro demorou 493 milésimos de segundo a reagir aos estímulos (que consistia carregar num botão com o polegar direito ou esquerdo, consoante a seta apresentada). Já o segundo levou mais tempo: 545 milésimos de segundo.

Estes resultados já foram publicados na “Brain and Cognition” mas há que alertar para o facto dos investigadores, para já, terem apenas analisado um grupo de adultos relativamente jovens e saudáveis, podendo estas conclusões não se aplicar em grupos de pessoas com outras características.