Organizado pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves em colaboração com os museus da Universidade do Porto e o Museu Nacional Soares dos Reis, “Tríptico” [programa] é um ciclo de conferências sobre arte e ciência.

As nove obras de arte que fazem parte da exposição vão estar divididas pelos três museus da cidade, formando três painéis diferentes: dois laterais e um central. Paulo Cunha e Silva, comissário da exposição, diz que o objetivo é “desvendar cada um dos três painéis: o tríptico da Luz, o tríptico do Corpo e o tríptico da Morte”. Cada tríptico tem em comum a narrativa, mas “a cada um compete contar parte da história”.

As conferências vão contar com a participação de 27 estudiosos da Universidade do Porto (UP) e outros setores da sociedade, entre os quais Eduardo Souto Moura, António Pinho Vargas e Manuel Sobrinho Simões. “Cada painel do Tríptico corresponde a uma obra diferente. Essa obra tem um tempo, uma proveniência, e até uma função diversa”, explica Paulo Cunha e Silva.

O ciclo de conferências visa o confronto entre dois tempos – o pré-contemporâneo e o contemporâneo – e dois modos de representar o mundo – o modo artístico e o modo científico. Assim, acaba por ser, segundo o comissário, “uma forma de experimentar o mundo a partir da capacidade metafórica das obras de arte”.

A primeira conferência, que faz parte do Tríptico da Luz, está agendada para o dia 27 de fevereiro no Museu Soares dos Reis e a atenção vai recair sobre “Casas Brancas de Capri”, do artista Henrique Pousão. O ciclo termina com o Tríptico da Morte a 15 de março.