Está acesa a polémica entre a Google e a União Europeia (UE). A ameaça é das autoridades de proteção de dados dos países da UE, que admitem lançar uma ação repressiva contra a Google por esta se ter recusado a alterar as suas regras de confidencialidade, consideradas pouco claras e incompletas.

A Google reagiu e considerou que as suas políticas de privacidade estavam de acordo com a lei europeia, permitindo, inclusive, a criação de serviços mais simples e eficazes.

O aviso já vinha desde o passado mês de outubro, depois de, em março de 2012, a Google ter alterado as suas políticas de privacidade, em que fundia cerca de 60 regras de utilização numa única só, passando as informações de diferentes serviços, como o Gmail ou a rede social Google Plus, que estavam anteriormente separadas, a estar agregadas.

As autoridades de proteção de dados dos 27 países-membros da UE solicitaram, desse modo, à multinacional, uma “informação mais clara e completa sobre os dados recolhidos”, pedindo ainda uma explicação acerca da finalidade da agregação desses dados.

Com o prazo de resposta a expirar esta segunda-feira, as autoridades de controlo europeias explicaram que não houve qualquer retorno da Google à sua solicitação, ameaçando lançar uma ação repressiva à multinacional que, segundo vários responsáveis europeus, se pode traduzir em sanções, nomeadamente multas.