Apesar de não ser uma coisa recente, nos últimos tempos as raspadinhas ganharam novo fôlego, e tudo indica que seja pela grande diversidade e aposta por parte da Santa Casa. Um euro chega para comprar raspadinhas cujo prémio pode ser de cerca de 500 euros por mês, que a Santa Casa paga ao vencedor durante três anos. A mais cara custa cinco euros e a expectativa está na ordem dos dois mil euros, durante doze anos.

Patrícia Alves aderiu às raspadinhas há cerca de quatro meses. Começou como “uma brincadeira” e afirma que aposta “para desafiar a sorte”. Mas Patrícia tem um modo de aposta particular: todas as semanas compra uma raspadinha de um euro. Se ganhar, não levanta o dinheiro nem o aposta no mesmo dia. Prefere guardar e apostar na semana seguinte.

Quanto ao fator sorte, a jovem admite que se lhe sair um euro “fica contente” e não aposta constantemente, já que, diz, “se tiver que sair, sai”, seja “com as raspadinhas de um ou cinco euros”.

“Um euro no bolso” basta para “testar a sorte”

No caso de Teresa Silva, a prática de raspar o bilhete não é recente. Chegou a ficar viciada nas raspadinhas, mas sabia que tinha de se controlar. No secundário, enquanto os amigos iam comprar guloseimas, Teresa admite que guardava o dinheiro para comprar os pequenos bilhetes.

Passado alguns anos, sempre à hora de almoço, Teresa continua a comprar raspadinhas – embora de de forma mais moderada. A jovem afirma que “como tinha um euro no bolso tentava testar a sorte” e assim tinha com o que se divertir. O prémio máximo que Teresa conseguiu tirar foi de cinco euros, mas a jovem admite que quando lhe saía apenas um euro já ficava feliz.

Apesar de existirem as raspadinhas de cinco euros, em que o prémio chega aos dois mil euros durante doze anos, Teresa Silva afirma que não aposta nas raspadinhas caras, “porque não é o mesmo que ir ao bolso tirar uma moeda”.

O sentimento de adrenalina de testar a sorte, o sonho de um futuro “milionário” e a diversão de pegar numa moeda, são as razões destas duas jovens, que adoram raspar.