O último dia contou com duas mesas de debate. A conversa da sexta mesa do encontro, moderada por Onésimo Almeida, teve como mote o verso “os meus textos não têm serventia” e contou com a presença dos escritores Andréa del Fuego, Cristina Carvalho, Jaime Rocha, João Tordo, Joel Neto e Possidónio Cachapa.

Na sétima e última mesa a frase escolhida foi “do que podia ter sido restam ruínas” e estiveram presentes Ana Luísa Amaral, António D’Almeida, Domingo Villar, Onésimo Almeida, Susana Fortes, Vasco Moura e a moderar esteve a jornalista Maria Flor Pedroso.

O vereador da cultura, Luís Diamantino, discursou na cerimónia de encerramento. Para Diamantino a edição deste ano esteve cheia de pessoas interessadas, que até do Brasil vieram para assistir. Segundo o próprio, as “Correntes d’Escritas” são um “acontecimento único em Portugal, um espaço de cultura único” e prometem deixar saudades.

Excerto do poema “Inexistência mental” de Ana Matilde Gomes

“Hoje os meus dentes querem estar à mostra,
Misturar-se com o branco alheio.
Passamos tanto tempo a entrelaçar linhas
E a procurar sentidos atrás da bruma,
Que ver para lá do emaranhado
Sabe a café. (Com espuma).”

No encerramento estiveram ainda presentes os vencedores dos prémios literários Casino da Póvoa; “Correntes d’Escritas” Papelaria Locus; Conto infantil Ilustrado “Correntes d’Escritas” Porto Editora; “Correntes d’Escritas” Fundação Dr.Luís Rainha, que discursaram na cerimónia de encerramento. Ana Matilde, estudante do secundário, leu o poema vencedor.

O vereador da cultura disse ainda que o “Correntes d’Escritas” é um exemplo de como se deve trabalhar para promover o livro e a leitura no nosso país. Depois da cerimónia de encerramento, deu-se o anúncio do vencedores dos Prémios de Edição Ler/Booktailors.

Para fechar este 14.ª edição do “Correntes d’Escritas” foi exibido o filme “Adeus à brisa”, um documentário de Possidónio Cachapa (em colaboração com o cineclube Octopus), onde está retratado o homenageado da revista deste ano, Urbano Tavares Rodrigues.

A realização das “Correntes d’Escritas” para o próximo ano está prevista para o Teatro Garret na Povóa de Varzim, com capacidade para mais de 500 pessoas.