Os participantes têm de estar em boa forma, não podem ter historial médico, nem consumir regularmente drogas recreativas. Estas são algumas das regras definidas por um grupo de investigadores da Universidade de King’s College em Londres, num estudo que compara diferentes métodos de deteção de cocaína.

O pedido não é comum e foi enviado a centenas de estudantes da Universidade, por e-mail, na semana passada. Restringe-se a estudantes do sexo masculino e garante uma compensação financeira aos que decidirem integrar o projeto.

Participar no estudo implica, como explicado no e-mail, a “administração nasal de cocaína”, e a recolha sistemática de amostras de “sangue, urina, cabelo, suor” e “fluído oral”, para comparar e investigar os efeitos da droga no corpo humano.

Os autores da investigação pretendem identificar um número de efeitos variados, pelo que os participantes estão impedidos de cortar ou pintar o cabelo durante o período em análise. A participação é voluntária e os estudantes selecionados poderão desistir a qualquer altura.

De acordo com o jornal Independent, a investigação foi aprovada pelo London Westminster Research Ethics Committee. O jornal citou, ainda, as declarações do porta-voz da Universidade de King’s College: “Trata-se de um importante estudo científico para investigar as formas de propagação da cocaína no corpo humano. Foram recebidas todas as aprovações éticas relevantes para este estudo. Será conduzido sob máxima supervisão médica numa suite de pesquisa clínica”.