São 101 mulheres de negócios africanas que decidiram arriscar e criar uma rede de negócios que promova o tecido empresarial feminino no continente africano. R-MEA é o nome da rede, que é presidida pela sul-africana Nonku Atshona, juntamente com a cabo-verdiana Maria Graça e a senegalesa Dié Maty Fall.

Ao todo, estão representados 11 países africanos e o principal objetivo da rede é promover as mulheres como grandes contribuintes para a economia e fazer delas importantes agentes de decisão em África.

Igualdade de género contribuiu para redução da pobreza

A R-MEA reconhece que a igualdade de género é fundamental para a redução da pobreza. As mulheres africanas “sempre desempenharam um papel fundamental na redução da pobreza desde a sua participação na economia doméstica e agrícola”, bem como na atual participação em diferentes setores de atividade.

Num continente onde metade da população vive abaixo da linha da pobreza e a taxa de subnutrição da população é a pior do mundo, estas empresárias defendem a necessidade da criação da rede como um meio de combater “os sérios desafios sociais, económicos e políticos que África tem a enfrentar”.

De forma a promover o desenvolvimento socioeconómico do continente, a R-MEA pretende desenvolver uma série de ações com vista ao aumento do poder de decisão das mulheres empreendedoras e também capacitar líderes femininas capazes de participar na tomada de decisão e exercer o poder de forma equitativa em relação aos homens em África.

A rede de mulheres africanas pretende, ainda, mobilizar fundos para apoiar a implementação de projetos nos domínios da educação, formação e combate à pobreza, melhorias na saúde, eliminação de diversas formas de violência contra mulheres, bem como uma participação mais equitativa das mulheres no poder.