Uma equipa de cientistas, liderada por Natalia Rybczynski, encontrou, no norte do Canadá, fósseis da tíbia de um camelo ancestral. Esta descoberta contraria o comunicado do Museu Canadiano da Natureza, que afirmou que os camelos são provenientes da América do Norte, onde surgiram há cerca de 45 milhões de anos.

Os resultados da investigação foram publicados esta terça-feira na revista Nature Communications e está a gerar curiosidade, uma vez que os camelos são os mamíferos mais emblemáticos de uma das regiões mais quentes e áridas do planeta.

A paleontóloga afirma que muitas das características que os camelos hoje apresentam podem ser justificadas pela “vida num habitat polar”: os pés largos, os olhos grandes e as bossas podem ter sido desenvolvidas para protegerem os mamíferos do frio e não do calor ou da falta de água.

A equipa defende que os fósseis têm, no mínimo, 3,4 milhões de anos – altura em que as temperaturas subiram e tornaram a região do Árctico menos fria. Assim, os camelos terão conseguido melhores condições de vida, o que lhes permitiu viajar ainda mais para norte.