João Rodrigues é uma promessa do hip-hop nacional. O rapper do Porto escreve poesia desde os oito anos e deu-se a conhecer com o nome Virtus, em 2008. Em entrevista ao JPN, o músico de 25 anos apresenta o seu trabalho, que começou com as quadras que o pai o mandava escrever.

Em 2005, “Geração i” foi o primeiro projeto oficial. Com beats do DJ Kronic, o “MC” (“Master of Ceremonies”) ia a escolas e juntas de freguesia alertar para os problemas sociais e passar mensagens positivas, através da música.

As referências pelas quais se guia são muitas, mas surgiram em fases diferentes, porque “hoje há outros critérios de seleção”.

Três anos mais tarde, lançou o primeiro EP (“Extended Play”), “Introversos“, que estava há muito na gaveta, mas só foi lançado no momento certo, com o investimento certo.

Em 2012, Virtus lançou o álbum “Universos” (união de versos), que conta histórias baseadas em factos reais “da primeira à última música” e é assumido como um “compromisso pessoal”. O disco foi composto e produzido pelo MC, que tem formação clássica – em guitarra, piano jazz e o curso de Produção e Tecnologias da Música na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE).

No ano passado lançou também o álbum “Se eu fosse“, disponível apenas online, baseado na brincadeira infantil com o mesmo nome. Com 15 faixas só de instrumental, o disco junta “uma compilação de beats organizada”, explica Virtus. Quanto ao futuro, MC Virtus manifesta o desejo de “ler, ouvir e praticar mais”, para construir um projeto de raiz.