Projeto do Conectoma Humano é o nome de um estudo que vai durar cinco anos, onde participam dez centros de investigação sediados nos continentes europeu e americano. O objetivo é encontrar uma grande quantidade de informação por via de tecnologias de imagem avançadas, depois de uma análise a 1200 adultos saudáveis. Mais tarde, essa informação vai ser disponibilizada a cientistas em todo o mundo.

Dos 68 adultos voluntários do estudo, foram divulgadas imagens detalhadas do cérebro que, para além disso, mostram traços de personalidade, capacidades intelectuais, emoções e perceções. David Van Essen, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em Saint Louis, no Missouri, explica que o Projeto do Conectoma Humano “terá um grande impacto na compreensão da função cerebral dos adultos saudáveis” e, de momento, “permite à comunidade científica começar a explorar as relações entre os circuitos cerebrais e os comportamentos individuais”, disse à Agência France Press.

Ressonânica Magnética Nuclear

A RMN funcional do cérebro foi feita enquanto os voluntários executavam algumas tarefas, para conseguir uma grande quantidade de informações sobre os padrões de ativação do cérebro.

Para já, foram utilizadas duas técnicas diferentes de visualização do cérebro por ressonância magnética nuclear (RMN): a primeira chama-se RMN funcional em repouso e revela os padrões complexos de atividade espácio-temporal espontânea, revela um comunicado da Universidade de Washington. A segunda é a visualização por difusão, e fornece informação sobre as fibras nervosas que certificam a comunicação de longa distância entre as diferentes estruturas do cérebro.

O Projeto Conectoma Humano foi criado em 2009 por vários neurocientistas, com um investimento de 30 milhões de dólares, cerca de 23 milhões de euros, mas só agora foram divulgadas as primeiras imagens detalhadas do cérebro humano.