Na primeira conferência do seminário de Comunicação Política da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Florbela Faria, investigadora em direito autárquico e comunicação, apresentou o seu trabalho sobre “autarcas-arguidos”.
Durante a conferência foram debatidos os casos de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Avelino Ferreira Torres e Valentim Loureiro que, ao longo dos anos, preencheram as páginas dos jornais. Os polémicos casos dos autarcas envolvidos em processos judiciais levantaram a discussão entre a plateia.
Florbela Faria considera que a Justiça é “lenta” e uma boa comunicação política leva os “autarcas- arguidos” à reeleição. Sobre os casos dos polémicos presidentes de Câmara, a investigadora afirma que os seus discursos conseguiram “chegar ao povo e às elites e criar uma imagem forte que vence os próprios partidos”.
Nos casos em debate, destacam-se Isaltino Morais e Valentim Loureiro que, apesar dos processos, continuaram a ser reeleitos pela maioria da população de Oeiras e Gondomar, respectivamente. A confiança do povo é resultado da “comunicação magnífica” por parte dos candidatos, explicou a investigadora.
Em debate esteve também a nova lei de limitação dos mandatos autárquicos. Valentim Loureiro e Isaltino Morais estão entre os 163 presidentes de câmara que não podem recandidatar-se ao cargo.
Na segunda conferência do Seminário de Comunicação Política da FLUP, o Jornalista Ricardo Jorge Pinto vai apresentar um trabalho intitulado: “Políticos e Jornalistas – os mestres da suspeita”. O debate vai decorrer às 14h00 do dia 18, no pólo de Ciências da Comunicação.
