Foi numa lista relativamente extensa, publicada pela Google no seu blog oficial, que esta decisão foi comunicada. Segundo a empresa norte-americana, o Google Reader tem registado cada vez menos utilizadores e, por esta razão, a 1 de julho deste ano, o leitor de feeds RSS será encerrado.

O fim do leitor, oito anos depois

Lançado em 2005, o Google Reader é um serviço da Google que permite aos utilizadores agregar subscrições de websites num único local, através de feeds (RSS). Nos últimos tempos, a evolução da plataforma estagnou e, recentemente, foram detetados problemas funcionais, o que juntamente com a descida de utilizadores contribuiu para o fecho desta ferramenta.

A decisão tem gerado uma onda de críticas em todo o mundo, com milhares de utilizadores a pedirem para que a Google volte atrás na decisão. Em poucas horas, várias petições surgiram – uma delas, com o título “Google: Keep Google Reader Running” conta já com mais de 75 mil assinaturas.

Da lista de serviços que, além do Google Reader, a empresa norte-americana pretende encerrar, surgem também aplicações como o Google Cloud Connect, o Google Voice para Blackberry ou o Google Building Maker.

As alternativas que começam a surgir

Com o desligar do Google Reader em julho, os utilizadores dispõem de três meses para abandonar este serviço e encontrar novas soluções. Apesar do elevado número de aplicações existentes para a leitura de feeds (RSS), quase nenhuma tem capacidade para suportar um grande número de utilizadores, como acontecia com o Google Reader.

A Digg, que pretendia lançar ainda este ano um leitor de feeds, viu no fim do Google Reader a altura ideal para a criação de uma plataforma que albergue os milhares de utilizadores que ficaram sem um local para as suas subscrições. A página do Digg Reader já está ativa, e nela figura um contador para o fecho da aplicação da Google.

Feeds RSS: o que é e como funciona?

A tecnologia Rich Site Summary (RSS) aplica-se a páginas da internet que atualizam regularmente o seu conteúdo – por exemplo, websites noticiosos. Através de feeds, os utilizadores recebem, por ordem cronológica, as atualizações dos vários sites que subscreveram. Essas atualizações são agregadas e lidas num só local, que pode ser uma plataforma online, um software para computador ou uma aplicação móvel.

Também o Feedly se aproveitou desta decisão para promover a sua plataforma. O serviço, mais complexo do que o da Google, assenta nas capacidades sociais de partilha, e permite aos utilizadores a configuração do aspeto (tipos de letra, cores, etc.). Possui, ainda, uma versão para Android e iOS.

Em contraste, o Skimr apresenta-se como uma alternativa mais simples, que apenas permite a leitura do título e de um excerto das subscrições, sem opções de partilha ou de personalização. Contudo, é possível carregar os feeds subscritos a partir do telemóvel de forma rápida.

Outra alternativa é o The Old Reader, uma ferramenta que permite a partilha de artigos e possibilita aos utilizadores seguir e serem seguidos. O desempenho do site, porém, não é o melhor e não possui ainda aplicações para dispositivos móveis

Por último, o Netvibes é também uma boa alternativa ao Google Reader. À semelhança do Feedly, cada artigo pode ser lido na própria plataforma, pode ser partilhado nas redes sociais ou guardado para ser lido mais tarde. E possui, ainda em fase de construção, páginas específicas para telemóveis Android, para o iPhone e também para o iPad.