O aumento da procura de substâncias ilícitas é uma realidade na atual situação de crise, segundo um estudo publicado pela Comissão Europeia.

Se, por um lado, por causa da conjuntura económica, cada vez mais jovens se dedicam à venda ou cultivo de droga, por outro, a recessão deverá provocar uma redução de fundos destinados ao combate à droga, em especial no que respeita a tratamento a toxicodependentes.

Consciente desta perda de capacidade no combate à toxicodependência, a Comissão Europeia pretende avançar com uma legislação mais punitiva.

O caso da Associação Betel

A Associação Betel funciona, desde 1996, como centro de apoio a toxicodependentes no Porto. Célio Seara, colaborador da associação, concorda com a ideia de que, muitas vezes, a crise leva à busca de formas ilícitas de ganhar dinheiro, o que dificulta o trabalho de quem combate a toxicodependência.

Relativamente a apoios para a entidade, Célio Seara afirma que não têm apoios de nenhuma instituição, apenas de associados, portanto, não sentem que os seus fundos tenham diminuído drasticamente. Seara acrescenta, por fim, que o acesso aos centros terapêuticos é gratuito.