Julia Silverman, Jessica Lin, Hemali Thakkar e Jessica Matthews, quatro ex-estudantes do curso de engenharia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América, tiveram a ideia de armazenar energia numa bola de futebol. Foi assim que nasceu a Soccket, a bola que, depois de pontapeada durante 15 minutos, origina mais de três horas de eletricidade.
A ideia surgiu da fusão do amor pelo futebol com uma questão de responsabilidade social. Duas das engenheiras, Julia Silverman e Jessica Mautthews, viveram em África, onde reside a maior parte dos 1,4 biliões de pessoas sem eletricidade no mundo. Neste sentido, o “pontapé de saída” foi em direção aos países mais críticos nesta área.
Ausência de luz à escala global
De acordo com os dados revelados pela Agência Internacional de Energia (AIE), em 2010, mais de 20% da população mundial não tinha acesso à eletricidade.
Neste momento, a Soccket está nós pés de crianças do Brasil, México, África do Sul e El Salvador. Acrescentam-se a estes, a Argentina, o Haiti e Nicarágua. O principal objetivo é o de que as crianças residentes em países desfavorecidos tenham luz à noite.
Uma bola todo-o-terreno
A Soccket pesa 481 gramas e é feita de espuma de borracha, de forma a apresentar uma maior resistência ao cimento da calçada e aos campos de terra. A bola tem um mecanismo que aproveita o movimento giratório da bola para gerar energia cinética. Depois de armazenar a energia, só é preciso ligar a bola a um dispositivo elétrico de lâmpadas LED.
A Soccket é constituída, em 95%, por materiais recicláveis, é resistente à água e tem uma duração estimada de três anos.
Para promover a iniciativa, o videoclip da música oficial da campanha “Dame vida” conta com a participação, entre muitos, de atletas como Pau Gasol, Jorge Lorenzo, Fernando Verdasco e Sérgio Aguero.