O bem estar dos portugueses pode vir a ser medido estatisticamente. Apesar da importância da evolução do produto interno bruto (PIB), a chamada “Economia da Felicidade” também assume cada vez mais relevância.

A origem do conceito

O conceito de “Felicidade Interna Bruta”, ponto de partida para estas considerações, surgiu num pequeno país dos Himalaias, o Butão, no ano de 1972. O rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, foi quem cunhou a expressão no discurso da sua coroação, o que fez com que o país fosse considerado pioneiro na forma como se mede a felicidade.

O “índice de felicidade”, como é designado em países como França e Reino Unido, não vai, no entanto, existir em Portugal. O Instituto Nacional de Estatística (INE), responsável pelo projeto, propõe um outro enfoque, intitulado “Índice Nacional de Bem Estar”. Condições materiais de vida e qualidade de vida são os dois pilares em que vai ser caracterizado o “bem estar” no país.

O primeiro critério de satisfação das populações inclui a medição do bem estar económico, a vulnerabilidade das famílias e as condições de trabalho, remunerações e habitação. Já a qualidade de vida depende de fatores por vezes bem diferentes dos materiais. Nesta categoria inclui-se a saúde, o equilíbrio entre o trabalho e os hobbies, a educação, as competências, as relações sociais, a participação cívica, a segurança e o ambiente.