João Gonçalves e Catarina Medeiros são os autores do vídeo que ganhou o terceiro prémio, no valor de dois mil euros, no concurso “Europe Past Forward“, organizado anualmente pelo Comité Económico e Social Europeu.

João Gonçalves, de 21 anos, explica como surgiu a ideia de participar no projeto: “Desde logo achámos o tema muito interessante porque, como fizemos os dois Erasmus, temos valores europeus muito definidos”, explica. Para além de considerarem importante dar a voz aos jovens europeus, este projeto permite também “ajudar pessoas que fazem vídeo e precisam do dinheiro para comprar material”.

Quanto às expectativas em relação ao lugar no pódio, João conta que estavam convencidos de que conseguiriam passar a fase da votação e ficar no Top 10. “Não digo que foi uma surpresa absoluta, porque nestas coisas nunca se sabe. Os critérios eram pouco técnicos e era mais importante a mensagem do vídeo e tu nunca sabes se o júri vai gostar da tua mensagem”, explica.

Ritmo “frenético” de gravações

João e Catarina decidiram entrar no concurso quase à última da hora e, portanto, o ritmo de gravações e planeamento foi “um bocado frenético“. Quanto à construção da história, a ideia é simples: quem melhor para nos explicar o que significa ser cidadão da União Europeia, a não ser os próprios? “Se nós queremos passar a mensagem daquilo que os jovens acham da União Europeia, a melhor maneira de o fazer era, de facto, perguntar-lhes.”

Os jovens optaram por enviar e-mail prévio para vários cidadãos, para escreverem um curto texto sobre a UE e sobre os valores europeus. Depois de receberem as respostas, criaram um guião com as ideias de todos em conjunto. “Depois foi só dividir por frases, escolher pessoas diferentes para as dizer e escolher o sítio onde íamos gravar”, conta João.

Da mensagem que o vídeo tenta passar, a dupla retira uma mensagem muito particular: os jovens europeus são os que mais acreditam na Europa. “Hoje em dia existem muitas dificuldades dentro da União Europeia e há muita tendência para se ser ‘eurocético’. Apesar de ser entre os jovens que existem alguns dos maiores problemas neste momento, como o desemprego, nós somos a geração que acredita mais no futuro da UE”.

O prémio de dois mil euros já tem destino e vai ser investido em material de audiovisual, algo que para os jovens que desejam, no futuro, ser profissionais de audiovisual é imprescindível. “O nosso intuito, desde o início, era esse. Neste tipo de concursos nós entramos com o nosso trabalho, queremos continuar a evoluir e, portanto, precisamos de material para sermos cada vez melhores”, acrescenta João Gonçalves.