“É um pássaro? Não… É um avião? Não… É o Super-Homem” que atinge, esta quinta-feira, 18 de abril, a marca de 75 anos desde a sua primeira publicação. Foi neste mesmo dia, em 1938, que foi publicada a primeira edição do super-herói da DC Comics (na altura, Action Comics).
Em 75 anos, Super-Homem tornou-se mais do que um nome. A banda-desenhada (BD) cresceu, quer em números quer em popularidade, e deu origem a uma verdadeira franquia – uma das mais conhecidas do mundo. Histórias alternativas, filmes e séries de televisão foram criadas ao longo do tempo. Clark Kent, jornalista do Daily Planet, na cidade de Metropolis, tornou-se um ícone americano e um dos principais responsáveis na popularização dos super-heróis.
“O Super-Homem tem imensa importância na história da banda-desenhada. Abriu caminho a muitos géneros de histórias e personagens distintos em editoras distintas que, caso contrário, ou não teriam aparecido ou apareceriam muito mais tarde”, explica Vasco Carmo, funcionário da Livraria Mundo Fantasma, ao JPN.
18 de abril de 1938
O Super-Homem faz a sua primeira aparição na BD “Action Comics #1”
Apesar de não ser leitor recorrente da BD do “Homem de Aço”, Vasco tem os seus favoritos e encontra características que o distinguem de outros super-heróis. Além de ser o mais antigo da DC Comics, diferencia-se dos restantes “por ser um extraterrestre com poderes quase divinos, mas que tem consciência de que o poder corrompe e que os usa de uma forma responsável”.
“Super-Homem” é a história de Kal-El, um habitante do planeta Krypton que, face à iminente destruição da sua terra natal, é enviado para a Terra. Neste planeta, é criado em Smallville, por Jonathan e Martha Kent, recebendo o nome de Clark Kent. Desde cedo, Clark apresenta características sobre-humanas e, ao descobrir a sua verdadeira natureza, acaba por usá-las para o bem da humanidade. Assim, nasce o Super-Homem.
Em maio de 2011, o IGN, site dedicado ao mundo dos videojogos, colocou o Super-Homem no topo de uma lista de 100 super-heróis da BD.
Adaptações e mais adaptações
Em 75 anos, as aventuras de Kal-El no planeta Terra receberam várias adaptações. Logo em 1940, estreava a série radiofónica “Aventuras do Super-Homem”, que durou até 1951. Um ano depois do final, a série passa para a televisão, protagonizada por George Reeves. Também é nesta década que são produzidas algumas curtas-metragens de animação.
A primeira adaptação ao grande ecrã dá-se em 1948. No entanto, é com Christopher Reeve que “Super-Homem” atinge ainda mais popularidade. A série de quatro filmes trouxe também o tema musical icónico, composto por John Williams, que caracteriza a personagem.
Este ano, Kal-El vai voltar ao cinema, num recomeço (reboot) da história. Protagonizado por Henry Cavill, realizado por Zack Snyder e produzido por Christopher Nolan, o filme tem grande expectativa. Vasco Carmo acredita que foram juntados os ingredientes certos para uma boa adaptação. Contudo, continua a preferir as histórias aos quadradinhos.
“Algumas pessoas esperam que a banda-desenhada se assemelhe ao filme mas, na maior parte das vezes, as pessoas têm noção que, como os filmes são adaptações, aquilo que estão a ver não corresponde forçosamente àquilo que está na banda-desenhada. Em geral, o que acontece é que a maior parte das pessoas se apercebe que os filmes não são tão bons como as histórias em que se basearam“, explica ao JPN.