O stalking é uma forma de violência que está associada ao assédio persistente, feito de forma indesejada e/ou intrusiva. “Geralmente, é feito através de um conjunto de comportamentos, comportamentos de stalking, que são levados a cabo pelo agressor contrra uma vítima”, disse ao JPN Mafalda Valério, da Associação de Apoio à Vitima (APAV).

Qualquer pessoa pode ser vítima deste tipo de agressão, mas as mulheres em idade mais jovem apresentam-se como as mais vulneráveis. As consequências são várias e “não há uma forma de prevenção para este tipo de vitimação”. Segundo Mafalda Valério, “qualquer indíviduo pode ser alvo desta nova forma de violência” e todos devem, por isso, saber como se precaver.

Estudo da Universidade do Minho

Um estudo realizado em 2010 pela Universidade do Minho revelou que 19,5% dos inquiridos já foram vítimas de stalking durante a sua vida e, em 40,2% das situações, o agressor era conhecido/colega/familiar ou vizinho da vítima. Cerca de 79% dos entrevistados foram vítimas de tentativas de contactos indesejados e em 58,5% dos casos o agressor apareceu em locais habitualmente frequentados pela vítima. Os comportamentos de assédio persistente rondam os 80%, com uma frequência diária ou semanal.

Com as redes sociais, este fenómeno viu uma nova forma de crescimento, até porque facilita um contacto mais rápido entre as vítimas e o agressor. Em Portugal, bem como noutros países da União Europeia, a falta de conhecimento sobre esta nova violência é geral, não só por ser algo recente, mas, também, pela terminologia que “resulta num desconhecimento geral das suas complexidades”.

O que sabem os portuenses acerca do stalking?

O JPN tentou perceber, junto de alguns portuenses, se existe uma opinião formada acerca do stalking. As respostas variam desde o desconhecimento total deste tipo de violência ao conhecimento relativo da problemática.

Para assinalar o Dia Nacional de Sensibilização para o fenómeno do Stalking e sensibilizar a população portuguesa para esta nova forma de violência, a APAV desenvolveu um folheto informativo e uma página sobre o assunto. No futuro, a associação espera ainda “desenvolver um estudo a nível nacional da perceção da população portuguesa sobre o que é o stalking“.