Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, anunciou, no início da semana, no Parlamento, que, entre os 95 concelhos no país que praticamente já não tinham exibições cinematográficas, foram escolhidas 51 localidades para participarem no programa “Cinema Português em Movimento”.

Entre 2004 e 2012, estes concelhos não conseguiram atingir um número simbólico de 500 espectadores nas salas de cinema. Além desse facto, não foi registada nenhuma exibição de filmes portugueses, nestes mesmos concelhos, nos últimos nove anos.

As 51 localidades escolhidas:

Vinhais, Miranda do Douro, Sendim, Mogadouro, Alfândega da Fé, Torre e Moncorvo, Marialva, Trancoso, Almeida, Fornos de Algodres, Belmonte, Sortelha, Penamacor, Alpedrinha, Castelo Novo, Penha Garcia, Ladoeiro, Proença-a-Nova, Cernache de Bonjardim, Nisa, Castelo de Vide, Marvão, Crato, Alter do Chão, Fronteira, Avis, Casa Branca, Ciborro, Monforte, Arraiolos, Évora Monte, Terena, Alcáçovas, Monsaraz, Mourão, Portel, Vidigueira, Viana do Alentejo, Alvito, Cuba, Santo Aleixo da Restauração, Amareleja, Barrancos, Rio de Moinhos, Vila Verde de Ficalho, Almodôvar, Alcoutim, Monchique, e Alte.

O programa “Cinema Português em Movimento”, anunciado na Assembleia da República, tem como objetivo promover o cinema nacional nas localidades que se encontram longe dos centros urbanos. Nestas regiões, a oferta de cinema é, em alguns casos, muito restrita, ou nula.

Este programa vai levar, às salas escolhidas, apenas filmes portugueses, não-comerciais e apoiados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). A seleção dos filmes será feita pelas respetivas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias.

As localidades escolhidas encontram-se quase todas no interior do país, sendo a aldeia de Monsanto a primeira a iniciar o programa. Estas regiões destacam-se, hoje, pela falta de cinemas, porque durante o processo de insolvência da exibidora Socorama, foram afetadas pelo encerramento de várias salas de exibição.