O quinteto português Supernada foi o primeiro grupo a pisar o palco durante a terceira noite da Queima das Fitas do Porto. Liderado por Manel Cruz – conhecido por integrar a banda Ornatos Violeta, agora extinta – os Supernada juntaram centenas de estudantes no Queimódromo.
Depois de “Perigo de Explosão“, “Animais à Solta” fizeram-se ouvir pelo recinto e, mais tarde, os ânimos aqueceram com “Arte Quis Ser Vida“, momento em que Manel Cruz despiu a sua t-shirt.
“Anedota“, uma das mais esperadas pelos fãs, surgiu já perto do fim do espetáculo, depois da 00h30. Durante o concerto, o grupo de Manel Cruz mostrou-se pouco extrovertido, dirigindo-se apenas aos estudantes para agradecer a sua presença.
Minuto de silêncio não se cumpriu
O minuto de silêncio em homenagem a Marlon Correia, marcado para a 01h, acabou por não acontecer. A música do palco continuou a tocar e parou apenas quase dez minutos depois. No entanto, passada a hora prevista, o público não percebeu que a homenagem estava a ser prestada e o silêncio não se cumpriu.
“Faltou um bocadinho mais voltar às músicas antigas”, diz Tiago Carneiro, estudante do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP). “Venho estar com os amigos e é em dias como o de hoje, em que vem pouca gente, que é sempre mais engraçado”, disse Tiago Carneiro, de propósito no Queimódromo para ver a banda de Manuel Cruz.
Já Maria Paupério, estudante de Direito na Universidade Católica Portuguesa (UCP), admite que gostou de ouvir a música do “açúcar” – uma referência a “Anedota” dos Supernada – mas que o que trouxe à Queima foi Bloc Party.
Entre os dois concertos da noite, João Manzarra subiu ao palco para entreter o público. Sem poupar nos palavrões, João Manzarra acabou a atirar a sua camisola à multidão.
Os Bloc Party subiram ao palco numa nuvem de fumo colorido, poucos minutos depois da 01h15. Com um estilo assumidamente indie rock, puseram o público a saltar e a dançar. Em “Banquet”, o público não tardou a sobrepor os seus gritos à voz do vocalista Kele Okerele.
Já no fim do concerto, quando a banda tocou “Helicopter”, o vocalista dos Bloc Party prendeu às calças um cachecol do Futebol Clube do Porto, que um fã tinha atirado para o palco, levando a plateia ao delírio. Aos saltos e empurrões, os estudantes cantaram até o grupo deixar o palco.