Os Mão Morta, com o seu mais recente álbum “Pesadelo em Peluche”, chegam para agarrar o lugar vago deixado por Rodriguez na passada sexta-feira. Motivos de saúde anunciados pelo “cantautor” norte-americano justificam a ausência e a substituição, anunciada pela organização. Hoje, José Barreiro, da organização, confirmou ao JPN que “os Mão Morta serão os substitutos de Rodriguez”.

A banda de Adolfo Luxúria Canibal sobe ao palco ATP no segundo dia do Primavera Sound. No mesmo dia, 31 de maio, reencontram-se no recinto com os Swans, banda que atua no palco Superbock, e que, em Berlim, inspirou um dos elementos originais da banda portuguesa. Joaquim Pinto, um dos elementos originais do grupo – que abandonou os Mão Morta em 1990 -, tornou-se baixista depois do episódio com a banda punk-rock americana.

Reza a história que Harry Crosby, baixista dos Swans, encontrou Joaquim Pinto no final da sua atuação e lhe perguntou se ele era baixista. Perante a resposta negativa de Joaquim Pinto, o baixista norte-americano confessou-lhe que o português tinha cara de baixista. Natural de Braga, Joaquim Pinto regressou a casa, comprou um baixo e reuniu-se com Adolfo Luxúria Canibal e Miguel Pedro para dar vida aos Mãos Morta.

Com dez álbuns de estúdio editados, os Mão Morta lançaram, em 2010, “Pesadelo em Peluche”: o último álbum da banda foi inspirado no livro “A Feira de Atrocidades”, do escritor J. G. Ballard e retrata a cultura mediática e a sua influência nos padrões da sociedade. Novos desejos e padrões são alvo de retrato nas músicas. Entre elas, “Novelos de Paixão”, single extraído do disco.