A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou que Portugal foi escolhido para organizar o Mundial de Futebol de Praia de 2015, a decorrer em Vila Nova de Gaia. Serão 16 equipas a competir num evento que será transmitido para cerca de 50 países. No entanto, este evento significa mais para Portugal e para a Federação do que um simples campeonato desportivo.

“É uma oportunidade para iniciar o planeamento que a Federação tem para a modalidade, com o objetivo de alargar a tática do futebol de praia desde a base até ao topo”, explica Pedro Dias, diretor da FPF para o Futebol de Praia e o Futsal. Com o Mundial, a organização pretende iniciar o processo de qualificação de treinadores e árbitros.

Declarações do presidente da FPF

Declarações do presidente da FPF, Fernando Gomes, à escolha de Portugal para acolher o Mundial de Futebol de Praia em 2015

A FPF também quer fortalecer parcerias com outras entidades para o desenvolvimento do sistema educativo – escolar e superior – daquilo que é a imagem da modalidade. Assim, procura-se unir alguns dos pontos fortes que o futebol de praia apresenta – o fair play e a festa que lhe é associada – ao lazer e ao turismo.

Para Pedro Dias e a restante organização, acolher o campeonato do mundo é o “reconhecimento do nosso país e, particularmente, da FPF, para organizar eventos desta dimensão”.

Por que não um evento perto da capital?

A escolha de Vila Nova de Gaia para acolher o evento insere-se numa política de descentralização dos eventos desportivos que está a ser levada a cabo pela Federação. A isto, acresce-se o interesse demonstrado pelas regiões e municípios do Norte – especialmente Gaia.

Para já, a FPF teve que identificar, no caderno de encargos, uma região e algumas praias. Posteriormente, a FIFA tomará uma decisão. Foram indicadas cinco praias em Vila Nova de Gaia: Canide, Lavadores, Salgueiros, Madalena e Miramar. “Penso que, dentro dessas praias, sairá uma decisão”, esclarece o diretor da FPF para a modalidade.

Além do aspeto desportivo, a organização quer distinguir-se dos outros Mundiais já realizados, apostando num conjunto de inciativas de aspeto ambiental. Assim, o evento passa a ser transversal à modalidade, promovendo Portugal e as suas praias.