Já se conhece a utilidade dos cães nos aeroportos para detetar substâncias como drogas ou explosivos que escapam ao olho humano, mas as qualidades destes animais não se esgotam aqui.

Poucos dias depois do 11 de Setembro de 2001, um voluntário do Mineta San José International Airport pediu para levar o cão para o trabalho com o intuito de tranquilizar os passageiros que estavam sob grande stress com os atrasos nos voos e as dificuldades em contactar as famílias. O resultado foi tão positivo que o aeroporto avançou com a ideia e, atualmente, tem nove cães prontos a ajudar os viajantes a suportar as longas filas ou a aliviar o medo e receio de andar de avião.

Dos mais pequenos aos mais velhos, todos beneficiam da ajuda do amigo de quatro patas sendo que os voluntários que os acompanham estão preparados para lidar com pessoas com medo de cães ou alergias. Contudo, na maioria das vezes, são os próprios passageiros que se aproximam do animal. Este deve ser estável, saudável, educado e estar confortável com multidões, sons altos e cheiros intensos.

Ao The Huffington Post, os voluntários do programa “Pets Unstressing Passengers” afirmam que os passageiros, depois de conviverem com os cães, descontraem, riem e começam a conversar uns com os outros. Heide Hueber, uma das voluntárias, relembra ainda que nunca se saiba o propósito da viagem – se uns vão de férias, outros podem ir a um funeral ou a uma reunião importante -, a presença do cão revela-se sempre como uma grande ajuda.

O programa já se estendeu a outros dois aeroportos norte-americanos: o Miami International Airport e o Los Angeles International Airport, onde já são 30 os cães que ajudam os passageiros a perder o medo de voar e a relaxar.