Sara Pimenta desenvolveu um aparelho portátil que é capaz de identificar e classificar, em cinco minutos, o tipo de sangue de um paciente. Com a ideia, que até parece simples mas não é, venceu o Fraunhofer Portugal Challenge, no ano passado. Também uma ferramenta que permite uma análise rápida e precisa do ventrículo esquerdo de um coração humano, permitindo a deteção rápida e eficaz de problemas cardíacos, – ideia do Samuel Silva – foi distinguida.

O concurso

O Fraunhofer Portugal Challenge é uma iniciativa do Fraunhofer AICOS (Research Center for Assistive Information and Communication Solutions), centro de investigação da Fraunhofer Gesselchaft. O AICOS é o primeiro centro Fraunhofer em Portugal e foi criado em 2008, numa parceria com a Universidade do Porto (UP).

Em 2011, foi uma aplicação para smartphones que prevê o avanço dos incêndios florestais que conquistou o júri e, no ano anterior, um novo modelo de acesso à informação médica, por parte dos profissionais de saúde.

Este ano, o concurso de ideias, promovido pelo centro de investigação alemão Fraunhofer AICOS, está de volta, para dar uma oportunidade a mais projetos de estudantes e investigadores portugueses. Ao todo, são nove mil euros para dividir entre os seis premiados.

O objetivo é promover a investigação “de utilidade prática” realizada nas universidades portuguesas e o pretendido é que os projetos possam ir além das ideias e que tenham uma aplicabilidade real e um impacto notável junto das pessoas ou da indústria.

As ideias a concurso devem estar relacionadas com a área das Tecnologias da Informação e Comunicação, Multimédia ou semelhantes – mais especificamente nos campos de “Interface Homem-Computador”, “Processamento de Informação” e “Computação Autónoma” – e têm ser baseadas em teses de Mestrado ou Doutoramento – que tenham sido submetidas a defesa nos anos letivos de 2011/2012 e 2012/2013.

As candidaturas podem ser submetidas no site oficial da iniciativa, até 31 de julho. Aqueles que passarem à próxima fase são anunciados a 3 de setembro. Depois da segunda ronda de seleção, só os melhores passam à terceira e última fase, onde serão premiados seis projetos: três na categoria de Mestrado e três na categoria de Doutoramento.

O concurso já vai na 4.ª edição e, segundo comunicado da organização, tem tido “excelentes resultados” e “ideias com grande potencial de mercado e com possibilidades de implementação”. No ano passado, receberam mais 40% de candidaturas que na primeira edição, em 2010. A maioria, provenientes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).