Foram 339 os projetos que se candidataram nesta quinta edição do Prémio Nacional das Indústrias Criativas – promovido pela Unicer através da Super Bock e pela Fundação de Serralves. Os finalistas – apenas seis – disputam agora o prémio de 25 mil euros, assim como a possibilidade de integrar a incubadora da Fundação de Serralves e representar Portugal na Creative Business Cup, em Copenhaga, entre 18 e 20 de novembro.

Para já, cada projeto está ocupado a desenvolver o seu plano de negócio. Em outubro, durante o laboratório Super Bock, o vencedor é revelado. Com o objetivo de dinamizar projetos nacionais que estimulem tanto a criatividade como a economia nacional, o prémio distingue trabalhos em três áreas: artes performativas, música ou conteúdos digitais.

Performing Arts Pt

O projeto distinguido na secção de artes performativas é o Performing Arts PT. A ideia desta plataforma é divulgar, no mercado global, “o que melhor se faz em Portugal a nível de artes performativas”, afirma Vítor Costa, um dos impulsionares do projeto. A plataforma destina-se aos programadores de teatros e festivais de todos os cantos do mundo, para que tenham acesso à mais variada informação sobre os espetáculos de marca portuguesa – desde o percurso do espetáculo à sinopse.

Para facilitar o acesso do mercado internacional, a informação é traduzida para a língua do recetor. Para já, está planeada a tradução da informação para cinco línguas. Neste momento, o projeto encontra-se em desenvolvimento mas não está dependente do prémio para avançar, embora Vítor Costa admita que “seria um estímulo e um apoio muito importante”.

Musikki

Na área da música, foi o Musikki que chegou à final. No ano passado, o JPN falou com João Afonso, um dos três impulsionares deste projeto. A ideia consiste numa aplicação que alia a música à tecnologia e que pretende ser um produto global. Servindo como motor de busca musical – que encontra vídeos, álbuns e até posts do twitter que os utilizadores partilham – o Musikki chegou também ao Facebook, como aplicação, no ano passado.

Depois de ter arrancado no início de 2012, o projeto já arrecadou consigo alguns prémios em várias competições.

My Wish Guru

A My Wish Guru é uma rede social, embora um pouco diferente daquelas a que estamos habituados. A ideia é que os utilizadores partilhem os seus desejos, algo que queiram concretizar e que os seus amigos os ajudem a “fazer acontecer”, tal como explica Susana Branco, responsável pelo projeto. Finalista na secção de conteúdos digitais, este projeto já funciona e já conta com alguns utilizadores que se podem ligar à rede através do Facebook.

“O que nós precisamos de fazer neste momento é de comunicar”, diz ainda Susana Branco. Caso seja este o vencedor do Prémio Indústrias Criativas 2013, os 25 mil euros vão ser investidos na comunicação e promoção da rede social.

Story Trail TV

O Story Trail TV é uma plataforma georreferenciada: o utilizador desta aplicação pode “visitar uma cidade e ao mesmo tempo ver uma história”, tal como conta Nuno Alves. “Imaginemos que estou a chegar à cidade do Porto. Poderei ir à plataforma e ver as histórias que existem sobre o Porto e fazer download de um documentário sobre um certo local”, explica Nuno Alves.

A aplicação oferece ainda a hipótese do utilizador seguir várias narrativas: pode ser terminada, se o utilizador seguir um trajeto do ponto A a Z; pode ser jogável, quando o utilizador tem de cumprir desafios para prosseguir a história, e pode ainda ser dinâmico, quando as escolhas do utilizador ditam um local diferente para dar continuidade à história.

Criado na empresa Exciting Space, a Story Trail TV está entre os finalistas da área de conteúdos digitais. Para já, a equipa já está a trabalhar em cerca de quatro projetos diferentes que se restringem à área de Portugal.

Bright

O objetivo da Bright é criar uma plataforma interativa que esteja ao serviço do doente para melhorar a sua qualidade de vida. Depois do contacto com o médico, o doente pode ter acesso a informação mais detalhada e visual sobre a sua situação. Caso não tenha acesso à Internet, o doente pode ainda levar “uma agenda com todos os passos por que vai passar”, explica Hernâni Zão.

A ideia da Bright é colocar farmacêuticas, hospitais e doentes a “ganhar” através de uma plataforma mais dinâmica que possa ser um substituto às brochuras para doentes e brindes para médicos. “O que nós queremos é que invistam em algo mais inovador e importante para os doentes, algo que possa melhor a qualidade de vida do doente e que explique a doença de maneira mais fácil”, afirma.

Para já, a equipa está a desenvolver três tipos de protótipos: um website gratuito, um videojogo para oncologia pediátrica e uma plataforma de desenvolvimento do VIH/Sida.

Zizabi

O Zizabi é um portal que as pessoas podem usar para encontrar uma zona agradável para habitar, um sítio que vá ao encontro dos seus objetivos de vida. A partir dessa escolha, a aplicação ajuda ainda o utilizador a encontrar uma casa no local que melhor se adequa à sua personalidade.

“Iremos investir na promoção do site, no desenvolvimento de novas funcionalidades e no desenvolvimento de novos mercados”, diz Hugo Vieira, da equipa responsável pelo projeto. No entanto, garante que o projeto não está dependente do prémio e que tem procurado outros financiamentos e parceiros que garantam a continuidade do projeto.