Costuma-se dizer que o primeiro passo para a cura é acreditar nela. Tendo isso em conta, a JWT Brasil, a delegação brasileira de uma das maiores empresas de marketing e publicidade do mundo, associou-se a um dos seus clientes, a Warner Bros., para criar uma “Superfórmula” que pudesse ajudar as crianças com cancro a combater a doença.
Este “super-tratamento” baseia-se, sobretudo, na inspiração de sentimentos positivos, como a coragem, a força, a motivação, e está, atualmente, a ser aplicado no A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Uma das mudanças que esta iniciativa trouxe para a ala de Oncologia Pediátrica, tem a ver com as bolsas de soro. A explicação é simples: as bolsas de soro deste centro de saúde brasileiro passaram, agora, a ser introduzidas em caixas alusivas aos diferentes super-heróis da Liga da Justiça, da DC Comics, como Super-Homem, Lanterna Verde, Batman e Mulher-Maravilha. O objetivo é fazer com que as crianças acreditem que, dentro daquelas caixas, está uma “Superfórmula” que vai ajudá-las a ultrapassar o tratamento de quimioterapia e curá-las.
As crianças são os verdadeiros heróis
A ala de Oncologia Pediátrica do A.C.Camargo Cancer Center também sofreu uma redecoração, com o projeto “SuperFórmula”: a sala de brinquedos passou a designar-se de Sala da Justiça, enquanto as paredes têm, agora, a identificação das crianças em cartões “super-heróicos”.
A própria Warner Bros., envolvida nesta iniciativa, refere que “as crianças em tratamento são os heróis de verdade”.
O Batman também teve cancro
No entanto, a ideia promovida pela JWT não fica por aí. Além disso, foram produzidas, especificamente para aquelas crianças, edições especiais de banda-desenhada (BD), que colocam os heróis da Liga da Justiça a passar pela mesma situação que os jovens. Nestas BD, também o Super-Homem, Batman e companhia, lutam contra o cancro e, com a ajuda da “Superfórmula”, conseguem vencer a doença.
“O tratamento, principalmente no começo, é muito assustador, tanto para a criança quanto para a família. O projeto Superfórmula ajuda no entendimento da doença e desperta nas crianças e adolescentes ainda mais forças para enfrentar a dor e superar os problemas ao longo do tratamento para, ao final, ficar bem. Os pacientes são os verdadeiros super-heróis, e seu poder é acreditar na cura”, diz Cecília Lima da Costa, diretora de Oncologia Pediátrica do A.C.Camargo.
Ricardo John, da JWT, considera que “ter feito parte do desenvolvimento dessa ideia significa ter criado e feito acontecer algo muito além da publicidade. Uma ideia pura, capaz de dar um novo significado à quimioterapia e carregá-la com uma visão mais positiva para as crianças”.