Em 2013, o dia do “Jazz no Parque” é aos domingos. A iniciativa de Serralves acontece sempre às 18h, no Ténis do Parque, com programação de António Curvelo.

100 Umbrellas, do saxofonista José Menezes, é quem inaugura o ciclo, a 14 de julho. O projeto, diz a organização em comunicado, é “sobre a música de Eric Satie” e aborda dois “aspetos cruciais da realidade jazzística portuguesa: a experimentação e a clandestinidade a que esse trabalho exploratório é frequentemente condenado, por falta de oportunidades”. Um concerto de estreia que vai incentivar à reflexão.

Os projetos

100 UMBRELLAS
José Menezes – saxofones
Gonçalo Marques – trompete
Mário Delgado – guitarras
Carlos Barretto – contrabaixo
José Salgueiro – bateria

MINGUS PROJECT
Nelson Cascais – contrabaixo
Diogo Duque – trompete
Ricardo Toscano – saxofones
Victor Zamora – piano
Vasco Furtado – bateria

TRIO AZUL
Carlos Bica – contrabaixo
Frank Mobus –guitarra
Jim Black – bateria

Já a 21 de julho, é Mingus Project quem dá música ao parque. O grupo, liderado pelo contrabaixista Nelson Cascais,”remete para um alicerce essencial do jazz: a renovação geracional e a aprendizagem musical”. É que este é um projeto de um professor na Escola Superior de Música de Lisboa e os seus “mais brilhantes alunos”, que trabalham juntos na herança musical “de um dos maiores autores do jazz, Charles Mingus”.

A honra do encerramento, a 28 de julho, cabe ao Trio Azul – e internacional – de Carlos Bica. “Uma presença que (…) ajudou a forjar e a cimentar a universalidade do jazz”. Não fosse este trio composto pelo próprio Carlos Bica, com um músico alemão e outro norte-americano.

Sobre a 22.ª edição deste ciclo, António Curvelo afirma que “propõe ao seu público um múltiplo desafio: persistir na descoberta de novos projetos musicais” e, ao mesmo tempo, uma “reflexão e alerta para algumas das questões importantes que invadem o palco contemporâneo do jazz que se faz em Portugal”.

O responsável destaca ainda o privilégio aos músicos portugueses, este ano, que pretende incentivá-los “a perseverar o processo criativo, sempre mais difícil em momentos de crise profunda”.

O bilhete normal custa 10 euros, enquanto os estudantes, maiores de 65 e amigos de Serralves pagam apenas 50%: cinco euros.