Com o lançamento da moeda comemorativa dos 250 anos dos Clérigos, vieram muitas mais. A atribuição de fundos comunitários para o processo de restauro da Torre dos Clérigos está garantido e, para o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, este é “um ato de justiça para uma cidade que tantas vezes se sente injustiçada”.

O financiamento no valor de 1,8 milhões de euros foi anunciado esta terça-feira pela Comissão de Coordenação da Região Norte e representará uma grande ajuda, já que, no total, a reabilitação do monumento implicará um investimento de 2,6 milhões.

A Irmandade dos Clérigos vai também poder contar com um empréstimo – do programa comunitário “JESSICA”, destinado a apoiar projetos de reabilitação e regeneração dos centros urbanos em Portugal – para a quase totalidade da parte em falta, com juros de cerca de três por cento e a 20 anos, de forma a assegurar a obra.

Cerca de 800 mil euros serão ainda garantidos através do atual presidente da Fundação Gulbenkian, Artur Santos Silva, “padrinho” da obra. Este vai intervir junto de “entidades empresariais da cidade” com vista a recolher uma parte da verba para o empréstimo, anunciou o presidente da Irmandade dos Clérigos, o padre Américo Aguiar.

O restante dinheiro será assegurado ainda pela venda de ingressos para visitar a Torre dos Clérigos, que permanecerá aberta durante o processo de restauro.

Depois das formalidades e burocracias típicas deste tipo de situações, que se prevê que duram dois a três meses, o dinheiro deve ficar disponível, o que quer dizer que as obras pode, avançar ainda este ano.