A partir das 10h desta quarta-feira, o recinto da Herdade do Cabeço da Flauta está aberto para começar a receber os campistas. O festival só começa a sério amanhã, 18 de julho, mas o warm-up é já esta noite. Depois da tenda montada e com o bichinho festivaleiro de antecipação, não podia ser de outra maneira.

É que, no primeiro dia, o Super Bock Super Rock (SBSR) começa logo fora de brincadeiras. Depois do concerto memorável de 2011, os Arctic Monkeys voltam ao palco principal. A banda inglesa, que promete um novo álbum já para setembro, garante que apresentará alguns dos novos temas à plateia do Meco, para além dos singles “Do I Wanna Know?” e “R U Mine?”.

A aplicação

Para os festivaleiros com smartphones com sistemas operativos Android ou IOS existe, disponível para download gratuito, uma aplicação que permitirá, por exemplo, agendar os concertos preferidos, saber tudo sobre os artistas ou aceder rapidamente a informação útil sobre o recinto. Para instalar basta procurar “19SBSR” no android market ou na AppStore.

Mas antes dos conhecidos “macacos do Ártico”, são as portuguesas Anarchicks quem aquecem o palco. Depois, o “hip hop eletrónico” de Azealia Banks, com novos temas, e o criativo Johnny Marr, ex-guitarrista dos Smiths. Com ele, o novo álbum a solo: “The Messenger”. No palco secundário, o conhecido Kalú abre para o indie sossegadinho de Owen Pallet, os experimentais Efterklang e o psicadelismo britânico de Toy.

Já no segundo dia, são os The Killers quem fazem a festa, depois do vocalista Brandon Flowers já ter deixado a sua marca nas areias do Meco. A banda da inesquecível “Human” trazem “Battle Born”, o quarto álbum de estúdio, com singles como “Runaways” ou “Miss Atomic Bomb”.

Mas antes dos cabeças de cartaz, é a vez de Kaiser Chiefs subirem ao palco. Já bem conhecidos do público português, não são famosos por desiludir e a energia de Ricky Wilson, vocalista, é assinalável. Mais uma vez, com a sua “Modern Way”, vai ser um concerto “Oh My God”.

A abrir, Black Rebel Motorcycle Club com o fresquíssimo “Specter At The Feast” e os recém unidos Tomahawk. No palco secundário, o nome mais aguardado é Miguel, “um dos nomes maiores do R&B mundial”, como descreve a organização. Os portugueses Clã, Manuel Fúria e Os Náufragos e Midnight Juggernauts também prometem dar conta do recado.

“Tivemos em conta os erros que fizemos e quisemos melhorar”

A 19 de julho, Queens of The Stone Age também estreiam novo álbum. Josh Homme e a banda americana prometem fortes guitarradas e temas bem conhecidos, como “No one Knows” ou “Little Sister”, no palco principal.

Com uma vibe completamente diferente mas igualmente com grande domínio de guitarra, que já conhece desde os 12 anos, Gary Clark Jr. atua imediatamente antes. O músico americano apresenta o novo e primeiro álbum “Blak and Blu”, uma espécie de “rock blues” cativante.

A representar Portugal – e a aquecer o palco daquele que será o último dia de festival – estão os Miss Lava e o grunge de Ash. No palco secundário, a noite começa com os portugueses Tara Perdida e Asterisco Cardinal Bomba Caveira, que aquecem a plateia para o indie de We Are Scientists e os norte-americanos Chk Chk Chk, que já conhecem bem o público português. A festa termina com Digitalism (Dj Set).

Mas a música não se fica por aqui e um terceiro palco também oferece algumas opções. Para saber onde e quando estar e ver tudo o que interessa, os horários direitinhos estão disponíveis aqui.

As portas abrem às 16h e a organização promete menos pó que nos anos anteriores: “Ao espaço conhecido dos espetáculos, foi acrescentada uma percentagem exponencialmente maior – 40% – de prado verde”, referem. “Nós aprendemos com os erros. Em 2011 foi um excesso de gente e pagámos caro no ano passado. Os que vieram, os fiéis, viram que tivemos em conta os erros que fizemos e quisemos melhorar”, afirmou Luís Montez, da organização, à Agência Lusa.

Entretanto, para chegar ao recinto, existem várias opções, seja de comboio ou autocarro. Apesar da venda de bilhetes estar a ser superior do que em 2012, decidiram fixar a lotação máxima diária em 30 mil pessoas. “É preferível parar aí, para a edição dos vinte anos [em 2014] termos uma grande edição. O lugar é muito bonito para ser posto em causa por ser demasiada gente”, explicou Luís Montez.