O que é que Luke Skywalker e Koichi Wakata têm em comum? Não, não é o manuseamento de sabres de luz. Em primeiro lugar, têm um local em comum. Se o herói da saga Star Wars viajava constantemente pelo espaço, é lá que também Wakata, astronauta japonês, vai estar nos próximos tempos. Mas, além disso, se Skywalker tinha o simpático C-3P0, Wakata tem Kirobo, um robô não menos amigável.

Kirobo foi criado pela Toyota para fazer companhia a Koichi Wakata, durante o período em que o astronauta estiver na Estação Espacial Internacional (EEI). Na verdade, Kirobo encontra-se, neste momento, a caminho da EEI, onde deverá chegar a 9 de agosto. O objetivo é esperar por Wakata – que só chega mais tarde – e recebê-lo de “braços abertos”. Esta hospitalidade vai ser possível porque Kirobo sabe quem Wakata é. O robô tem uma tecnologia de reconhecimento facial e vocal e foi programado para cumprimentar o astronauta em japonês.

Este produto da Toyota é, na realidade, o primeiro robô inteligente espacial preparado para interagir com humanos, através de respostas não pré-definidas. A capacidade que Kirobo tem para manter conversas com outros interlocutores é uma característica valiosa para combater a solidão que um astronauta pode sentir no espaço.

“Um pequeno passo para mim, um salto gigante para os robôs”

Quem estiver familiarizado com a cultura pop japonesa, rapidamente deteta parecenças entre Kirobo e a personagem de manga e anime Astro Boy. Não é coincidência. A inspiração veio mesmo do robô super-herói. A acompanhar esta estética estão 34 centímetros de altura e menos de um quilo de peso.

Contudo, Kirobo não precisa de mais do que isto para representar um importante avanço tecnológico. Fuminori Kataoka, um dos líderes deste projeto da Toyota, refere que o mesmo insere-se numa tentativa da empresa em “criar uma sociedade em que humanos e robôs coexistam”.

A ida de Kirobo ao espaço passa também por uma estratégia de “espalhar esta mensagem pelo mundo”. O simpático robô reconhece a dimensão do feito e afirma: “Este é um pequeno passo para mim, mas um salto gigante para os robôs”.