A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior terminou na sexta-feira e registou uma quebra de quase cinco mil inscrições em comparação com o ano passado. Em 2012, nesta fase, houve um total de 45.838 estudantes candidatos. Desta vez, o número de candidaturas ficou-se por 40.546.

Esta diferença de 4847 alunos, patente nos registos da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), marca uma quebra que se vem assinalando desde 2008, ano em que, na primeira fase, candidataram-se 53.454 estudantes.

Na verdade, esta realidade já tinha sido prevista, por exemplo, por Maria de Lurdes Fernandes, vice-reitora da Universidade do Porto (UP), que, em conversa com o JPN, admitiu a possibilidade de existirem “menos candidatos do que vagas disponíveis, considerando o decréscimo populacional e as dificuldades que as famílias sentem para suportar os custos de uma formação superior”.

Ainda assim, estes poderão não ser os únicos motivos que explicam um concurso mais fraco à universidade. Na verdade, os maus resultados registados nos exames nacionais do ensino secundário são uma das principais razões para este cenário. Com vários estudantes a recorrerem à segunda fase dos mesmos, só poderão candidatar-se, também, à segunda fase de acesso ao Ensino Superior, a partir de 9 de setembro.

É também neste dia que serão conhecidas as colocações dos 40.546 alunos que já se propuseram às várias universidades e institutos politécnicos.