Enquanto uns procuravam um espaço, quase impossível, para alojar as últimas tendas, outros aproveitavam as águas do rio Taboão, para contrariar o calor que se fazia sentir no local. Entre jogar cartas e andar de gaivota, os campistas ocupavam desta forma as horas que antecediam o início dos concertos.

Ao final da tarde e de copo de cerveja na mão, os festivaleiros juntaram-se em frente ao palco Vodafone FM para assistir a uma noite 100% portuguesa. Os Tape Junk abriram a noite de concertos, e foi ao som do seu primeiro single, “The Good & The Mean”, que o público se manifestou e mostrou estar presente no recinto.

Seguiram-se os Bisonte, que se apresentaram com um excerto do filme “Pulp Fiction” e, num rock puro e duro, acordaram os mais adormecidos. A banda portuense provocou picos de euforia nos festivaleiros, que entre gestos e palavras mais “afiadas” não se inibiram de interagir com o grupo durante todo o concerto.

Num ambiente mais eletrónico e com uma sonoridade psicadélica, os Sensible Soccers entraram em cena hipnotizando os espectadores logo nas primeiras melodias. Com o decorrer do concerto, o público dispersou em direção à zona de refeição e só voltou ao local já no início da banda que se seguia.

E foi com Moullinex que o recinto abraçou o maior número de pessoas. Acompanhado por dois ananases e cruzando o pop e a música de dança, o artista presenteou o público com músicas como “Take My Pain Away” e “Maniac”, imediatamente reconhecidas pelos festivaleiros. Da Chick juntou-se à festa e atuou com o produtor português.

A fechar a noite subiram ao palco os The Filthy Pigs, com um leque mais variado de géneros. A dupla oriunda de Paredes de Coura fez valer a pena a espera e mostrou alguns êxitos recentes como “My number”, dos Foals, clássicos como o “Rock in the Casbah”, dos The Clash, e ainda pôs toda a gente a cantar com a “Common People”, dos Pulp.

Com pouca luz sobre o recinto, os campistas recolheram-se às suas tendas para descansarem e se prepararem para um novo dia de música e diversão.