A escola de Design (GSD) da Universidade de Harvard, no estado de Massachusetts, Estados Unidos, vai atribuir na próxima terça-feira, 3 de setembro, o prémio “Veronica Rudge Green Prize”, um dos mais importantes na área, à empresa de transportes Metro do Porto. Em questão está o design urbano da infraestrutura do meio de transporte, que a escola descreve como “cuidadosamente planeada e executada para transformar a cidade e a região”.

Prémio

O “Veronica Rudge Green Prize” surgiu em 1986, por ocasião da celebração dos 350 anos de Harvard e dos 50 anos da escola de Design. É atribuído de dois em dois anos e os vencedores são escolhidos pela sua “substancial contribuição no domínio público de uma cidade” e por “melhorar a qualidade de vida” urbana. Já na primeira atribuição foi contemplado um edifício português: o Conjunto Residencial Malagueira, em Évora, de Álvaro Siza Vieira.

“O Metro do Porto não só conecta moradores da periferia ao centro histórico da cidade, como também cria uma identidade coletiva através da sua relação com a geografia única da região”, lê-se. “O escopo de tal empreendimento dentro de uma cidade Património Mundial da Humanidade é notável”.

O “alto padrão de design” torna-o “digno de ser imitado”

Com esta distinção, é também agraciado Eduardo Souto Moura, que coordenou a equipa que projetou a inserção urbana do metro em vários locais da Área Metropolitana do Porto. O “alto padrão de design”, levado a cabo por Souto Moura e pela sua equipa, torna-o “digno de ser imitado”, refere a escola. Assim, o arquiteto estará presente na cerimónia de entrega de prémios, em Cambridge, tal como o presidente do conselho de administração da Metro do Porto, João Velez Carvalho.

Em entrevista à Agência Lusa, o empresário diz que “a atribuição deste prémio representa uma honra” para a empresa, “tendo em conta o que significa em termos de reconhecimento internacional”.

Nesta que é a 11.ª edição do prémio, o Metro do Porto dividiu o protagonismo com o projeto de Integração Urbana do Nordeste, em Medellín, na Colômbia. “As duas obras criaram oportunidades que vão além do movimento físico, fazendo avançar a mobilidade social e revigorando o espaço cívico”, diz a Universidade de Harvard.