A iniciativa de criar a primeira “Escola para Pessoas com Dor” é da Cátedra de Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com o apoio da Fundação Grünenthal. É a primeira escola do género em Portugal e pode ajudar de forma bastante significativa no combate a este grave problema de saúde pública que é a dor crónica (ver caixa).

Dor Crónica

“A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais. Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em 1,6 mil milhões de euros por ano, custo que atinge os 3 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, ‘baixas’ e reformas antecipadas”, lê-se no comunicado, enviado às redações.

A primeira sessão está agendada já para dia 14 de setembro e o acesso é gratuito a todos os doentes que queriam estar presentes, mas a inscrição prévia é obrigatória.

Do processo, ao todo, farão parte “seis sessões”, nas quais “médicos, enfermeiros e psicólogos irão abordar temas como a avaliação da dor, o seu significado físico e psicológico e técnicas e estratégias simples, do dia-a-dia, para ajudar a prevenir e combater a dor”, explica Carina Raposo, responsável pela escola, em comunicado. “Será também estimulada a partilha de experiências entre os participantes, num ambiente de grande interatividade”, garante.

Inicialmente, a iniciativa “destina-se apenas a doentes que frequentem as Unidades de Dor Crónica dos hospitais do Grande Porto”, mas o objetivo é alargá-la “a qualquer pessoa que sofra de dor”, como explica José Castro Lopes, professor responsável pela Cátedra.

As sessões ocorrem aos sábados, das 15h e as 17h30, na biblioteca do Departamento de Biologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.