Entre 2 de outubro e 10 de novembro, o Brasil vai poder conhecer melhor a obra do mais velho cineasta em atividade no mundo. Durante esse período, vários excertos dos filmes de Manoel de Oliveira vão ser exibidos no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Esta exposição é organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves e insere-se na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Com esta iniciativa, Serralves pretende levar o público brasileiro, e não só, a “descobrir ou redescobrir a obra de Oliveira” e “a mestria, inteligência e irreverência deste cineasta que se transformou num marco da cinematografia mundial”, pode ler-se, em comunicado.

A verdade é que, ao longo dos seus 104 anos, Manoel de Oliveira tem deixado muito para ver. Entre curtas, médias e longas-metragens, contam-se 54 filmes. “Aniki Bóbó” (1942), que já não é mais Aniki Bebé, “Amor de Perdição” (1978), “Vale Abraão” (1993) e outros tantos, vão ser exibidos, através de excertos, na exposição em questão, intitulada “Manoel de Oliveira: uma História do Cinema”.

“Temas como a relação entre o documentário e a ficção, entre o cinema e o teatro, bem como a autonomia entre texto, imagem, som e música” serão apresentados na exposição, refere Serralves, que continua, assim, a exposição que em 2008, ano do centésimo aniversário de Manoel de Oliveira, prestou ao cineasta. Mas, agora, a mostra está atualizada, porque, desde então, Oliveira realizou mais cinco filmes.