Para além da Medicina Regenerativa ser uma das áreas mais promissoras da investigação futura, alguns investigadores da Universidade do Porto (UP) já têm vindo a marcar pontos na área, quer nacional quer internacionalmente.

Por isso, não foi preciso muito para a universidade perceber a importância de apostar neste campo. O primeiro passo é a inauguração do primeiro Laboratório de Investigação de Medicina Regenerativa (LIMR), uma unidade inovadora em Portugal, que decorreu esta sexta-feira.

Liderado por Mário Barbosa, antigo diretor do Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) este laboratório quer “criar uma âncora” que permita “aproximar as tecnologias biomédicas da prática da Medicina”, explica o investigador.

E apesar de sediado no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), vai envolver também estudantes e investigadores de outros pólos da universidade. Para já conta com um corpo residente de oito investigadores – que deverá crescer para 15 até ao final do ano. Parcerias com institutos de investigação e hospitais também estão em cima da mesa.

UP como “uma das universidades de referência a nível nacional”

Entre eles, possivelmente, “centros de investigação em que a Bioengenharia e a Biologia Molecular e Celular possuem reconhecimento internacional”, como é o caso do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e do INEB, que exploram a regeneração de tecidos há já vários anos.

A aposta na área da Bioengenharia, aliás, tem sido outro dos objetivos da universidade e tem-lhe granjeado resultados notáveis: “[Esta aposta] permitiu que a UP passasse a ser uma das universidades de referência a nível nacional [na área]”. Exemplo disso é o mestrado integrado em Bioengenharia – uma parceria ICBAS/Faculdade de Engenharia (FEUP) -, cuja média de entrada foi a quinta mais elevada a nível nacional, no concurso de acesso ao ensino superior, este ano letivo.

Outro dos objetivos passará por criar uma “ligação muito forte à realidade clínica”, aproveitando a proximidade do pólo do ICBAS ao Centro Hospitalar do Porto. A ideia é potenciar “movimentos em dois sentidos – do laboratório para a clínica e desta para o laboratório -, do qual podem beneficiar clínicos e estudantes”, idealiza Mário Barbosa.