Terminou ontem, na Exponor, a XI edição do salão AutoClássico Porto 2013. Ao longo de três dias, os visitantes puderam ver e adquirir automóveis e peças de clássicos, assistir a competições entre alguns pilotos nacionais consagrados – caso de Pedro Leal, Adruzilo Lopes ou Miguel Campos -, ou presenciar modelos únicos, como o Pegaso BS2 Especial Saoutchik, de 1954, ou o Albert I, de 1928 (da extinta marca belga Excelsior), construído “peça por peça, unicamente a partir de fotografias” pelo seu expositor.

Segundo a organização, a cargo da empresa espanhola Eventos del Motor, “a feira cresceu para um número recorde” e dispõe, agora, de “400 a 500 carros”, estimando-se ainda uma afluência na ordem das 30 mil pessoas, um número semelhante ao registado na edição de 2012. Além de se declarar bastante satisfeita com o sucesso da edição, a organização assume o evento como o “salão de clássicos mais importante da Península Ibérica”, suplantando os de Madrid e Barcelona. Note-se que cerca de 30% dos visitantes são provenientes de Espanha.

Alberto, um dos visitantes do país vizinho, repetiu a presença após quatro anos de ausência e classificou de “perfeita” a feira que o trouxe de Tomiño, com o único objetivo de ver os clássicos. Já Manuel, um português que se estreava no salão da Exponor, foi seduzido pelas corridas do “Motor Show”, que deixaram repletas as bancadas da pista para o evento. Também fora do recinto, amontoaram-se transeuntes nas grades, na tentativa de vislumbrarem a velocidade vertiginosa com que os carros de competição brindaram os amantes de corridas.

Essa vertente foi salientada pelo especialista José Clemente, responsável de eventos de uma revista conceituada no meio. Com presença assídua na Exponor, aponta a pista de aceleração como algo “não existente em mais nenhum salão do género” e responsável por trazer muita gente “ligada à competição de clássicos” à AutoClássico, tendo inclusive “mais pilotos inscritos que o próprio nacional de velocidade”.

Segundo José Clemente, esta foi uma edição de “grande evolução” e “uma lufada de ar fresco com novos carros”, para a alegria dos muitos amantes de automóveis que passaram pela Exponor e viram uma exposição “bem diferente do ano passado”.