A companhia do norte “As Boas Raparigas…” celebra “duas décadas de atividade teatral” e decidiu dar asas à criatividade na hora de celebrar o trabalho feito nos últimos 20 anos: selecionou 20 imagens do fotógrafo Paulo Pimenta, que acompanha os projetos do grupo desde cedo; e colocou-as “cuidadosamente”, como referem no evento da iniciativa, em mupis espalhados pela cidade do Porto, das Antas à Foz.

Retratadas estão peças como “Pelo Buraco da Fechadura” de Joe Orton (de 1996), a “Diálogo em Ré Maior” de Javier Tomeo (de 2000), até chegar aos trabalhos mais recentes, como “Duas Senhorinhas rumo ao Norte”, em cena este ano. Um trabalho que alimentou a memória teatral e o espólio da companhia e que agora o reaviva aos olhos da cidade.

A “exposição” está patente até dia 21 de novembro e pode surpreendê-lo, a meio da rotina diária, em locais estratégicos da cidade. Caso aconteça, retrate o momento e partilhe-o online: “As melhores serão premiadas com um “conjunto exclusivo de postais com as imagens que constituem esta mostra de 20 anos de atividade”.

“As Boas Raparigas…” foi criada pelas atrizes Carla Miranda, Maria do Céu Ribeiro e Andreia Oliveira, quando ainda terminavam os estudos na Academia Contemporânea do Espetáculo (ACE), no Porto, em 1993. O nome, “As Boas Raparigas vão para o Céu, as Más para Todo o Lado”, nasceu por influência de uma música espanhola de Rosa Zaragoza.

Atualmente, 20 anos e 38 peças depois, apesar das dificuldades que enfrentam as companhias, o grupo garante, em entrevista à Lusa, que vai “continuar a trabalhar”. “A Farsa” será a primeira peça do próximo ano, dirigida por António Júlio, a partir do texto de Raul Brandão.