O “Album Marker” é uma plataforma online – lançada em outubro de 2013 – que facilita a troca de cromos, figuras, cartas, “tazos”, chapas e porta-chaves.

Com mais de seis mil coleções até ao momento, o site tem disponíveis cadernetas de cromos que nos levam numa viagem ao passado e que remetem para o início do século XX. Entre estas, a “Coleção de Caramelos – SPORT”, que data de 1920, e ainda a caderneta “Azes do Football”, de 1930. Mas nem só de coleções nacionais é composto o “Album Marker”, que conta variadas cadernetas internacionais, como “Angry Birds” ou “The Smurfs”.

No que diz respeito às figuras, as mais procuradas têm sido as da LEGO, com principal destaque para “Mr. Gold”, “um boneco raro” muito cobiçado pelos colecionadores da marca.

Troca de cromos

Para consultar as coleções, os usuários têm de se registar na plataforma, criar um perfil e adicionar os álbuns na conta criada. Depois desse processo, os utilizadores têm acesso aos cromos de cada caderneta e podem entrar em contacto entre eles, para solicitarem as trocas.

De realçar que as trocas – que não envolvem qualquer dinheiro – não são da responsabilidade da plataforma. Estas são efetuadas por correio ou fisicamente, e os responsáveis pelo projeto lançam algumas recomendações para que sejam efetuadas de forma segura. Para além disso, os responsáveis lançaram um mecanismo de avaliação. “Após cada troca, os utilizadores são classificados” mediante três fatores: “comportamento”, “pontualidade” e “compromisso”.

A plataforma também foi criada a pensar nos mais novos. Assim, os pais podem formatar e autorizar a conta dos filhos, “permitindo-lhes navegar no site de forma segura”.

A paixão dos cromos não tem idade

Um grupo de amigos tinha os cromos como paixão, mas só estavam disponíveis alguns fóruns e outras plataformas de trocas com “pouca usabilidade”. Muitos deles são colecionadores desde pequenos e queriam “simplificar a vida das pessoas que gostam de coleções”.

Foi com essa ideia em mente que Daniela Campino – planeadora de meios e campanhas digitais de 28 anos – , em parceria com alguns amigos (informáticos, programadores e webdesigners), lançou o “Album Marker“. O projeto funciona como uma espécie de “serviço público”. “Não ganhamos nada com isto”, garante Daniela Campino, sem deixar passar que o projeto funciona como um hobby, visto que “todos têm outros trabalhos”.

Como a oferta de coleções depende do número de usuários e da sua atividade (podem inclusivamente fazer sugestões de novas coleções), os responsáveis pelo projeto pretendem “aumentar o número de utilizadores”, que já chegou aos 400, em três semanas.