Se, por vezes, torna-se difícil perceber e prever as manobras dos automóveis que transitam na estrada (na maior parte das vezes pela ausência inexplicável de utilização de sinalização), quanto mais quando se trata de veículos como bicicletas, em que uma simples mudança de direção pode resultar na queda de quem vai em cima delas, tal é o desequilíbrio gerado pelo estender do braço para sinalizar a manobra.

Foi a pensar na segurança de uns e de outros, automobilistas e ciclistas, ou melhor, de todos os que andam na estrada, que Zach Vorhies criou as Zackees, um par de luvas com sinalização eletrónica e luminosa de mudança de direção, os vulgos “piscas”.

Além da experiência tecnológica que ganhou durante os cinco anos e meio que trabalhou como engenheiro de software na Google, Zach sempre gostou de arte e, quando se proporcionou juntar os dois saberes para criar uma peça útil, não hesitou. Despediu-se da gigante da Internet para se dedicar em absoluto ao projeto e convidou o amigo Murat Ozkan, designer de engenharia, para o ajudar a criar o produto. Agora que já se encontra finalizado, o duo pede financiamento no site de crowdfunding Kickstarter, a fim de massificar a produção das Zackees.

Assentam como uma luva a qualquer um

Como é óbvio, as Zackees podem ser usadas por quem quiser e não apenas ciclistas. Skateboarders, patinadores e até mesmo corredores podem achar esta tecnologia bastante útil.

Um investimento a pensar na segurança

Estas luvas são como quaisquer outras, à parte dos LED cor-de-laranja em forma de seta que piscam quando o utilizador junta o dedo indicador ao polegar. Importa ainda referir que a intensidade de brilho destas luzes varia consoante a luz ambiente, o que denota a capacidade inteligente do sistema de sensores integrado. E para quem pensa que toda esta tecnologia impede as luvas de serem lavadas, desengane-se. As Zackees têm um revestimento à prova de água e podem ser limpas como qualquer outra peça de vestuário.

Para já, existem duas versões disponíveis: uma a 69 dólares (50 euros), com baterias não recarregáveis (apenas substituíveis) que duram seis meses com um uso diário, e outra a 99 dólares (72 euros), que inclui pilhas recarregáveis e um carregador USB para o efeito. Os interessados em encomendar qualquer uma destas versões só deverão tê-las, literalmente, em mãos, a partir de maio de 2014. Quem não aguentar a espera, sempre pode encomendar uma unidade a que a equipa de produção dê uma atenção especial, a troco de 399 dólares (290 euros).