Do Euro 2004 ao Mundial de Futebol 2014, do dia do atentado em Madrid à memória ainda fresca dos estudantes... Nos dez anos o mundo mudou - mas nem tanto: há temas comuns. Seja agora ou há 10 anos, o JPN está em cima do acontecimento.

12 de junho de 2004, começava em Portugal o Campeonato Europeu de Futebol. Fora de campo, a PSP entrou, meses antes, à defesa para garantir resultados na segurança. Jornais, rádios e estações de televisão apostaram numa tática apertada, desde o anúncio do campeonato até ao último minuto. De 1 a 7 de março de 2004, foram publicadas cerca de 1200 notícias.

O jornalismo online, em Portugal, ainda não era titular e, por isso, o JornalismoPortoNet (JPN) deixou-o de fora nas contagens. O entusiasmo e a febre, verde e vermelha, impulsionaram o negócio das bandeiras e até os menos dados ao desporto se arriscavam a dar palpites sobre as futuras opções de Scolari, treinador da seleção. A par da euforia, equipas trabalharam, de forma não menos entusiasta, na antevisão do impacto económico do evento no país.

A construção de estádios e o forte investimento suscitavam dúvidas de sustentabilidade da competição. Mas os preparativos avançaram com a “Força” de Nelly Furtado e Portugal chegou mesmo a final com a Grécia, perdendo por um golo.

10 anos depois o futebol continua a dar que falar… em português

Dez anos depois, o JPN continua às voltas com o futebol. Mais uma vez, um grande campeonato se joga em terras que foram portuguesas. O Mundial no Brasil tem data de início marcada para 12 de junho. Apesar da diferença no sotaque e no tipo de competição mantêm-se as dúvidas quanto à política de investimento em estádios e a sociedade divide-se entre as bandeirinhas e as manifestações pelas ruas.

A comunidade brasileira em Portugal não está indiferente às implicações do evento e, por isso, este jornal tornou-se, mais uma vez, “árbitro” desta “partida”.

Longe das bancadas, os estudantes lutavam por condições melhores nas universidades. A greve, convocada pela Federação Académica do Porto (FAP) nas diversas cantinas da cidade, aconteceu por faltar o espaço e a qualidade das refeições.

Desde essa data até agora, o jornal sempre se preocupou em dar voz à comunidade estudantil que, hoje, reclama o bom ensino – ameaçado pelos cortes – e no próximo dia 2 de abril, as vozes indignadas dos estudantes vão fazer-se ouvir em Lisboa.

Depois de uma década, Madrid não foi esquecido

Também o coração de Espanha tem gravado o ano de 2004. A 11 de março, Madrid, sofreu um ataque terrorista que entrou para a história ao lado do 11 de setembro.

O atentado falou várias línguas e esteve em destaque nos vários meios de comunicação e o JPN não foi exceção. Foi, aliás, o primeiro a conseguir falar com a embaixada portuguesa em Madrid para perceber se havia ou não portugueses entre as vítimas, como explica Manuel Bento, que na altura trabalhava no jornal.

O dia do ataque continua bem vivo na memória dos estudantes. Podem mudar-se os tempos, mas as histórias vão-se renovando. No JPN, permanece a vontade de as contar.