Este ano ocorre mais uma edição de Serralves em Festa, no Porto. O evento tem data marcada para 31 de maio e 1 de junho, das 8h de sábado até à meia-noite de domingo.

Esta iniciativa assume, pela primeira vez, um tema: “Terreno Comum”, no qual se baseiam as atividades, que vão da música ao circo contemporâneo, passando pela dança e pelo teatro. Faz, ainda, parte desta celebração o cinema, fotografia e vários workshops, que pretendem a interação com o público de todas as idades. Cristina Passos, organizadora do projeto, explica que “o Serralves em Festa, agregador que é de todas estas áreas disciplinares, acaba por concentrar no tempo, durante 40 horas, um conjunto de experiências, chamando muitos públicos”.

Os destaques deste ano para a dança contemporânea são “Pindorama”, da coreógrafa Lia Rodrigues, uma atuação quase interventiva que pretende uma crítica sobre a condição humana. De realçar, também, o trabalho “Sediela”, de Marina Nabais e Simão Costa, que junta a dança com a composição sonora, num espaço bidimensional instalado no Parque de Serralves. No que diz respeito à performance, o destaque vai para o grupo Sintoma, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

11.ª edição com estreias na programação

No programa desta 11.ª edição estreiam-se os números de trapézio e de teatro físico “Baínha” trazidos pela companhia do Porto Erva Daninha e, também, “Projeto Secreto” da companhia Radar, realizados em espaço aberto.

Ainda no âmbito do circo contemporâneo, estará presente a companhia Gandini Jugling, com a peça “Smashed”. O teatro fica à responsabilidade da Companhia de Teatro da Rua da Andaluzia, com “Agitación Senil”, que conjuga o humor e a crítica numa tentativa de roubo de uma caixa de multibanco.

Adesão

Ao longo das edições anteriores Serralves em Festa recebeu mais de 770 mil visitantes, “portanto, só isso é expressivo e impressivo da adesão grande que isto tem gerado”, diz Cristina Passos. A 11.ª edição de Serralves em Festa tem entrada gratuita e conta com a parceria da Câmara Municipal do Porto.

Tal como tem sido habitual, Serralves em Festa sai fora de portas e distribui-se pela cidade do Porto: “Por um lado, do ponto de vista de dar a conhecer o projeto, com 15 dias de antecedência, e por outro dinamizar o território”, acrescenta a organizadora da iniciativa. Neste campo, destaca-se “Track”, um projeto viajante de grande interação com o público, do artista visual Graeme Miller. O público pode, ainda, contar com os projetos “Biométricos”, da companhia Visões Úteis, que pretendem refletir sobre o esforço físico.

Para além das iniciativas que vão decorrer no Museu e no Parque, a Festa no Prado, no dia 31 de maio à noite, conta com o electro-rock explosivo dos Duchess Says e com os portugueses Octa Push, que misturam a música eletrónica com os ritmos do afrobeat. Este ano, Serralves desafiou o jovem compositor Tiago Sousa a criar uma peça para os alunos de algumas escolas de ensiono profissional de música da Beira Interior, que fazem parte da Orquestra Guitarrafonia.

Um dos momentos mais esperados para o encerramento da festa de Serralves deste ano é o projeto “Gravity Hill”, que une temas e improvisações de três músicos rock: Guy Picciotto, Jim White e George Xylouris, com as imagens do conceituado realizador Jem Cohen.

Tal como em anos anteriores, o programa inclui um serviço educativo completo, com oficinas e visitas guiadas destinadas a todo o público. Neste âmbito, destaca-se o workshop da Oficina Arara, sediada no Porto, que conta com o trabalho de artistas e designers para a oficina de máscaras e criação de um espaço labiríntico, que terá a participação do público.