As Indústrias Criativas são um fator importante de dinamismo na região norte, e como tal, em 2007 nasceu o projeto “InSerralves“. Trata-se de um “estímulo ao desenvolvimento de empresas criativas” de jovens estudantes, nacionais ou estrangeiros, diz Paulo Alves, gestor do projeto.
A incubadora é um espaço de reflexão e debate, criado em 2004, cujo objetivo era a promoção da visibilidade, apoio e acolhimento das várias empresas implementadas por jovens empreendedores deste setor. A partir de 2013, o apoio prestado neste âmbito é sobretudo virtual, dado que, ao longo dos anos, foram criados locais mais direcionados às necessidades destas empresas.
Entre 2006 e 2013 foram investidos 112, 6 milhões de euros nas Indústrias Criativas, nomeadamente em eventos, instalações e projetos empresariais. Neste setor, as principais áreas dizem respeito à Publicação (37,21%), à Arquitetura (18,72%) e à Publicidade (12,37%). Serralves é um palco importante do “cruzamento entre dois mundos”: a cultura e a economia.
A Fundação Serralves promove várias iniciativas que pretendem apelar aos jovens empreendedores nacionais e estrangeiros. Com edições anuais, as modalidades de maior relevo são o Prémio Nacional das Indústrias Criativas (PNIC’s) e o “Procuram-se POP’s (Projetos Originais Portugueses)”, que pretendem transformar projetos em negócios e divulgar projetos produzidos em Portugal, respetivamente.
As ideias de negócio do “InSerralves”
Neste roteiros foram apresentadas empresas exemplos de sucesso do empreendedoriamo em Portugal: nomeadamente a Talkie Walkie, a Bicho Sete Cabeças, a 20|21 e o Canal 180.
A Talkie Walkie é uma empresa que alia a cultura à arquitetura. Pretende oferecer ao cliente experiências não convencionais na área do Turismo. Este mercado em crescimento implica uma constante planeamento de viagens em função das caraterísticas e objetivos de cada um.
Madalena Martins apresentou o negócio Bicho Sete Cabeças que reinterpreta objetos funcionais do dia-a-dia com criatividade. Outros trabalhos da artista passam pela valorização da cultura portuguesa e pela reutilização de desperdicios das empresas.
Especialista em conservação e restauro de arte contemporânea, a 20|21 nasceu em 2008 nas mãos de Nancy Fonseca, Pedro Pardinhas, Joana Correia, Luís Pinho e Marta Palmeira. Esta empresa trabalha em obras não convencionais e realiza vários workshops abertos ao público. Trabalhar na arte contemporânea permite aos artistas contactar com os criadores originais, permitindo uma aprendizagem em primeira mão.
O Canal 180 é o primeiro canal de televisão português de cultura e criatividade em formato “open source”. Esta empresa difunde conteúdos inovadores que pretendem desmistificar a cultura.
Os Roteiros Criativos são promovidos pelo Pelouro da Educação, Organização e Planeamento da Câmara Municipal do Porto e contam com uma rede de parceiros para melhor desenvolvimento da economia criativa no norte do país.
Os próximos roteiros serão no dia 14 de maio na Universidade Católica (SpinLogic) e no dia 4 de dezembro na Fundação da Juventude (Ninho de empresas). A participação é gratuita, sujeita a inscrição prévia.
