Durante dois dias, o número 25 da Rua Sá de Noronha esteve aberto ao público com uma exposição pop-up organizada pela Circus. O que ali se pôde ver foi o trabalho de 26 artistas convidados por Pedro Tavares, mentor de “Âncora”, mais conhecido por Stray, elemento da Monster Jinx. Os criadores trabalham em áreas de arte urbana, BD, ilustração e design e são todos portugueses, à exceção de Wandson Lisboa.

A ideia seria retratar “Âncora“, canção do álbum “Coraçãozinho de Satã“, verso a verso, através de uma divisão da música “em pedaços pequenos, em que cada um deles escolheu o bocadinho que queria e ilustrou a sua visão desse bocado”. Coube a Artur Caiano, da produtora Godzilla & Chinchilla, juntar as partes e criar a narrativa, que “ninguém sabia como ia funcionar na passagem de uma ilustração para a outra”, explica Stray.

Num desabafo de Stray, eis o que “Âncora” expressa: Fala de “um peso que todos nós carregamos, uma sensação de carregar qualquer coisa que nem sempre te permite chegar onde tu queres na tua vida, não te permite fazer tudo o que gostavas de fazer”. Laro Vilas Boas foi convidado pelo músico e está contente com o resultado. Admira a “preocupação de juntar 26 ilustradores”, apesar de que “têm todos o seu estilo, a sua marca”. Perante o resultado final, confessa estar surpreendido por “[Stray] conseguir fazer tudo de maneira tão coerente”.

Durante o fim-de-semana, o evento contou com a participação de DJs da Monster Jinx, editora de Pedro Tavares, e um showcase de Pulso e do próprio Stray. As obras estiveram à venda por 10 euros e a música fez-se acompanhar de petiscos e bebidas.