“Arrepiante” é como se pode qualificar o tempo que decorreu das 18h às 22h30 de sexta-feira, no Pavilhão Municipal da Maia. Em disputa estavam os troféus de futsal dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU), masculino e feminino, com a Associação Académica de Coimbra a marcar presença em ambas as categorias. Foram elas que entraram primeiro em campo e, sob o olhar do selecionador nacional Jorge Braz, duas “Académicas”, a de Coimbra e a da Universidade de Évora, jogaram pelo primeiro troféu da noite.
O jogo ficou marcado pelo domínio da turma de Coimbra. Na primeira parte, a equipa vestida de negro adiantou-se no marcador, fazendo jus ao que se passou em campo. Depois do intervalo, a equipa de Évora entrou com vontade de inverter o resultado, mas um jogo pensado por parte das adversárias não permitiu às alentejanas grandes veleidades. Tanto foi que, já perto do final (e após várias oportunidades desperdiçadas), a Académica de Coimbra sentenciou o jogo com o segundo golo. Sob a “batuta” de Raquel Amarante, a melhor jogadora em campo para o JPN, as “estudantes” garantiram o primeiro troféu com o selo da “briosa”, após uma vitória por 2-0 sobre a equipa da Universidade de Évora.
Nota para a Associação Académica da Universidade do Minho, que recebeu as medalhas correspondentes ao terceiro lugar no pódio.
No fim, brilhou a “estrelinha” negra
O prato forte do torneio masculino de futsal foi servido pelas 20h30. Com o Pavilhão Municipal da Maia bem composto, uma claque fervorosa no apoio e um banco bem apetrechado de soluções, a Académica de Coimbra partia com ligeiro favoritismo para o duelo com o ISMAI. Depois de ambas as equipas se terem defrontado nas fase de grupos, chegou a hora do duelo de todas as decisões.
No entanto, foi o ISMAI que entrou mais forte, numa primeira parte morna. A equipa da “casa” controlou o rumo dos acontecimentos e a Académica teve sempre muitas dificuldades em sair do seu meio campo. O nulo que se registava ao intervalo não fazia antever o que se seguia. Na segunda parte, o ISMAI fez dois golos, construindo uma vantagem confortável para o que restava para jogar. Mas a frescura física da Académica fez toda a diferença. Sem soluções no banco, o ISMAI não conseguiu contrariar a pressão da “briosa”, que fez entrar João Bersch para guarda-redes avançado e deixou-se empatar. No final da segunda parte, 2-2 era o resultado.
No prolongamento, a Académica marcou o terceiro, para delírio de grande parte dos adeptos presentes no pavilhão. O jogo ficou “quentinho” e registaram-se muitas paragens na ponta final do encontro. Contrariando a corrente de jogo e o cansaço da equipa, a 51 segundos do apito final, o ISMAI igualou as contas: 3-3 e seguia-se para o desempate por grandes penalidades. Estas foram batidas de forma irrepreensível, até que João Bersch, guarda-redes brasileiro da Académica, defendeu o remate do jogador do ISMAI e garantiu a vitória para a “briosa”, a segunda da noite.
As taças foram para Coimbra, cidade dos estudantes. Vitórias justas dos de negro, que seguem agora para os Campeonatos Europeus. Porque, como se costuma dizer, “Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”. Mas, neste caso, foi mesmo na hora da “dobradinha”.