A capa da edição especial da Time pertence a Beyoncé Knowles, mas na lista das 100 pessoas mais influentes não há uma hierarquia. Nem sequer há uma honra subjacente – como a própria revista explica, trata-se de uma lista de “influência e não popularidade” que procura agregar personalidades que tenham “uma influência direta sobre os nossos tempos”.
Uma das personalidades escolhidas foi o atleta português Cristiano Ronaldo, que também já havia sido escolhido no ano de 2010. Este ano, o texto que acompanha a escolha de cada personalidade ficou a cargo de convidados, cabendo a Pélé discorrer sobre o único português na lista. Comparando o avançado a Eusébio, a lenda brasileira afirma que “ambos possuem a mesma elegância e criatividade”. Pélé desejou ainda sorte a Portugal no vindouro Mundial, apesar de deixar claro preferir que seja o Brasil a ganhar.
Outras personalidades
Num processo de escolha híbrido entre selecção editorial e votação aberta ao público, entre a lista de 100 personalidades encontra-se porventura um desequilíbrio entre figuras da cultura pop e líderes de indústrias ou nações. A bizarria deste ano prende-se com dois políticos indianos – Narendra Modi e Avendra Kerjiwal – que conseguiram mobilizar mais votações na sondagem online do que por exemplo a cantora Katy Perry ou Justin Bieber, que ficaram, respectivamente, em terceiro e quarto lugares.
A Time já havia considerado o Papa Francisco a personalidade do ano, e coube a Barack Obama escrever o texto que acompanhou a entrada do pontífice na lista das 100 personalidades mais influentes. O presidente americano escreve que “raro é o líder que nos faz querer ser pessoas melhores”, e que o exemplo dado por Francisco “é um tónico em tempos de cinismo”.
As personalidades escolhidas vêm maioritariamente da América do Norte e da Ásia, e os campos profissionais com mais ocorrências são as Artes e a Política. A lista completa poderá ser consultada aqui.