Terça-feira da Queima das Fitas é dia de duas coisas: Cortejo Académico na Baixa e concerto de Quim Barreiros no Queimódromo. A festa académica marca a vida de todos os estudantes, mas é para aqueles que a vivem pela primeira vez que esta é mais marcante.

E não são só as cartolas dos finalistas que dão cor ao recinto. Em dia de Cortejo, as t-shirts de caloiros das diferentes casas da Academia do Porto também ajudam a colorir a Queima das Fitas.

Não há nenhum estudante que fique indiferente a esta festa. Catarina Rodrigues é estudante do primeiro ano de Comunicação Empresarial e, este ano, é a primeira vez que participa na festa dos estudantes portuenses. Sobre a experiência só tem um aspeto negativo a apontar: “Apesar da confusão para entrar nos autocarros e mesmo para entrar no recinto, é impossível não nos divertirmos aqui”, diz.

Francisco Cruz entrou este ano em Metalúrgica e Materiais e só tem como queixa a falta de controlo de muitos estudantes com a bebida: “Acho que não é preciso chegar a um ponto de exagero para nos divertirmos. Podemos beber, mas acho que deve ser com moderação”.

Mas esta não é a primeira Queima para todos os alunos do primeiro ano da Universidade do Porto (UP). Francisca Santos estuda Contabilidade e a Queima das Fitas não foi uma novidade para ela. “Já tinha ido à Queima de Famalicão, mas é a primeira vez que venho à do Porto. Claro que a de Famalicão é mais pequena, mas não foi uma surpresa porque alguns amigos já me tinham falado”, conta.

Quim Barreiros: o mestre da Queima

O cabeça de cartaz na noite do Cortejo não é novidade para ninguém. Quim Barreiros já se tornou uma tradição tão grande na Queima das Fitas como a cartola e bengala dos finalistas.

A primeira parte da noite ficou entregue aos Hi-Fi, mas foi o cabeça de cartaz quem mais pessoas levou ao palco. Com êxitos que já são mais do que conhecidos, Quim Barreiros conseguiu fazer os estudantes cantar e dançar durante o concerto.

A grande surpresa da noite foi a presença de Rui Moreira. O presidente da Câmara do Porto estava no meio dos estudantes a dançar e foi aplaudido por Quim Barreiros. Mas nem todos os estudantes marcaram presença no concerto. As barraquinhas parecem ser a maior atração dos alunos do primeiro ano, mesmo quando os concertos ainda decorrem.

Sérgio Jesus é apenas um dos exemplos entre os muitos a quem o cartaz não é, de todo, a atração principal da Queima das Fitas. O estudante de Ciências da Informação afirma até que “poderia ser feita uma estatística”: “Acredito que quase 100% das pessoas que estão na faculdade vem à Queima e não vê os concertos”, garante.

Com ou sem concertos uma coisa é certa: a Queima das Fitas junta os estudantes portuenses que procuram noites onde a diversão nunca falta.